domingo, 18 de agosto de 2013

Palmeiras 3 x 2 Paysandu - Verdão transpira sangue para vencer

Que torcida em todo o mundo não gosta de uma demonstração de raça? Aquele pique aos 45 do segundo tempo, aquele gás quando tudo parece desoxigenado ou aquele carrinho certeiro, salvador e que carpi um tufo de grama. No futebol de alto nível, em que poucos ganham muito, esta raça me parece obrigação, porém, nem todos os times, nem todos os jogadores sabem ou querem se doar em campo. E esta doação foi vista, mais uma vez, no Pacaembu.

Na tarde de sábado o Palmeiras precisou transpirar sangue para vencer o Paysandu pela 16ª rodada da Série-B. O time paraense foi à casa palmeirense com um esquema muito bem definido e cumprido à risca pelos comandados de Arturzinho. Além da retranca bicolor, as descidas dos laterais abriram buracos na defesa do Palmeiras e Pablo e Iago Pikachu marcaram belos gols. Após 2/3 do segundo tempo o placar era 2 a 0 para o Papão da Curuzu e o Verdão parecia entregue. Mas este Novo Palmeiras não sabe o que é jogo perdido. Além de contar com qualidade técnica superior ao time que foi rebaixado em 2012, o atual elenco demonstra uma gula impressionante por vitórias. Antes do relógio marcar 40 minutos Alan Kardec e Mendieta (em um golaço de fora da área) já haviam empatado o duelo.

A igualdade buscada a fórcipes, o tropeço da Chapecoense diante do Paraná e a larga vantagem na liderança poderiam tirar o tesão dos jogadores palmeirenses. Só que eles queriam mais. Cada dividida parecia uma disputa entre “rua de cima x rua de baixo”. Laterais eram cobrados com pressa e esse desejo pela vitória foi recompensado. Aos 49 minutos Juninho cobrou falta na área, Henrique disputou com o goleiro Marcelo e no rebote Leandro marcou seu 11º gol na temporada. Gol que coroou um time de espírito troiano, um time que neste sábado dignificou a história do Palmeiras. Com esse tesão todo o Palmeiras caminha a passos largos para voltar onde nunca deveria ter saído e que os desprovidos de raça se preocupem, porque se esse time manter a pegada e ganhar um “quê” a mais de qualidade, pode voltar ao auge mais rápido do que os próprios alviverdes esperavam...
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