Porém, há exageros no quadradinho de oito que o Santos tomou na Catalunha.
1º - Abismo entre futebol europeu e brasileiro:
Os 8 a 0 do Barça sobre o Santos indica que estamos anos-luz dos clubes europeus? Não! Dentor de campo, não! É claro que no suporte à torcida, no marketing e na organização do calendário e das competições estamos abaixo. Mas nem porque eles gozam de mais grana estamos abaixo e muito menos a goleada reflete tal situação. Até porque tivemos em campo o atual e fraco time do Santos contra um dos maiores da história do Barcelona. Fosse o Atlético-MG contra o Milan ou a Internazionanale e o time de Cuca teria depanados os italianos. Outro exemplo foi a vitória do São Paulo sobre o Benfica. Mesmo em uma das piores fases técnicas da história e na maior crise administrativa de todos os tempos, o São Paulo bateu os Encarnados no estádio da Luz. E o Benfica é vice-campeão da Liga Europa.
2º - Misturar clubes com seleção?
Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da Seleção Brasileira foi infeliz em entrevista ao Esporte Espetacular. O tetracampeao disse que "o Santos não nos representa, o futebol brasileiro é a seleção". Parreira, empolgado com o 3 a 0 sobre a Espanha, quis afastar o pessimismo quanto à Amarelinha devido aos 8 a 0. Não há como misturar. Talvez em 1962, com o Peixe e o Botafogo como base, sim. Atualmente o Santos é um clube que oferece, às vezes, mão de obra à Seleção. É extremamente óbvio que o Santos não representa a seleção, assim como nem o Corinthians, o Cruzeiro ou Sergipe. O caso vale até para o Barcelona, que possui sete titulares na espinha dorsal da Fúria, que, mesmo com o Barça em queda, segue forte nas mãos de Vicente del Bosque.
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