Reportagem publicada no jornal O Impacto de 16/01/2016
Composição da diretoria, contas a pagar, registro e contratação de jogadores. As pendências administrativas não estacionam em guerras judiciais e na burocracia decorrente da crise política vivida pelo Mogi Mirim desde novembro. Com estreia marcada para o dia 31 de janeiro, o Sapo ainda não sabe se poderá atuar em casa contra o Grêmio Osasco Audax.
O estádio Vail Chaves está interditado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e o clube corre contra o tempo para viabilizar a utilização do local. De acordo com resolução da presidência, publicada em 7 de janeiro no site da federação, o estádio está interditado em razão da reprovação do Laudo de Prevenção e Combate de Incêndio e da falta de renovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. O AVCB venceu no dia 27 de novembro, mesma data em que se encerrou o último laudo de Prevenção e Combate de Incêndio.
“O clube precisa regularizar a situação até oito dias antes do início da partida, conforme preconiza o Regulamento Geral das Competições. Oito dias antes do jogo, ou o clube regulariza o estádio ou altera o local da partida”, explica a assessoria de comunicação da FPF em nota enviada ao jornal O Impacto. Ou seja, a liberação precisa ocorrer até o dia 23 de janeiro.
A resolução que interdita o estádio é assinada pelo coronel Isidro Suita Martinez, vice-presidente do Departamento de Competições da FPF. O estádio está interditado para qualquer evento organizado pela entidade, com venda de ingresso. O relatório foi enviado na quinta-feira, 7, pelo Departamento de Segurança e Prevenção ao Departamento de Competições.
A resolução, porém, não trata de outros três itens necessários para a liberação do estádio. Os clubes também precisam dos laudos de Engenharia e de Condições Sanitárias e de Higiene. O primeiro venceu no dia 2 de janeiro e o último na quarta-feira, 13. Não há informações se estes laudos já foram renovados.
REVERSÃO - Para reverter a interdição o clube tem que cumprir inúmeras exigências do Corpo de Bombeiros. A unidade de Mogi Guaçu é a responsável pela avaliação e o comandante Zampolo é o oficial vistoriador. Entre as exigências está a troca do arame dos alambrados, que não poderão mais ser farpados e sim lisos. Mudanças relacionadas ao sistema de hidrantes também estão na lista repassada pelo Bombeiros após a mais recente vistoria.
Segundo a assessoria de imprensa do Mogi, as ações estão sendo tomadas para que a próxima vistoria, agendada para os próximos dias, resulte na liberação do laudo de Prevenção e Combate de Incêndio e do AVCB. Já houve, inclusive, a reforma de parte do muro próximo aos bancos de reservas, que caiu em decorrência de uma forte chuva. O otimismo é tão grande que a diretoria já lançou uma promoção para a estreia.
Apesar da exigência da FPF de instituir um valor mínimo de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) para os jogos do Campeonato Paulista, o Mogi cobrará metade do preço diante do Osasco Audax. A partida agendada para as 11h00 de 31 de janeiro custará R$ 20 para quem paga a entrada inteira e R$ 20 àqueles com direito à meia-entrada.
NOME - Na resolução assinada por Isidro Suita Martinez, o estádio interditado pela FPF é o Romildo Vitor Gomes Ferreira. Apesar do anúncio feito em dezembro pela diretoria, a federação ainda não foi notificada da alteração e por isso, em seus documentos, o ‘Romildão’ segue como nomenclatura.
De acordo com a assessoria da FPF, a entidade apenas segue a determinação de seu filiado e o clube precisa enviar um ofício à federação para tornar oficial a mudança. Desde dezembro a diretoria trata o estádio como Vail Chaves. A decisão ocorreu após uma votação popular, feita no site do Mogi Mirim. Este foi o primeiro nome do local, que posteriormente foi rebatizado como Wilson Fernandes de Barros, Papa João Paulo II e Romildo Vitor Gomes Ferreira.
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