Por Lucas Valério
Treinador no expediente, aluno nas horas vagas. Não, Guto Ferreira não se matriculou em uma faculdade pensando em ampliar os conhecimentos acadêmicos, mas precisou estudar muito durante a semana. Ao invés de livros, imagens dos jogos recentes do Santos, adversário do Mogi amanhã, Vila Belmiro.
Mas apesar de garantir ter cumprido a lição de casa com louvor, o técnico do Sapão nem pensa em mostrar tudo o que aprendeu.
“Não sou maluco de falar o que estudo, senão entrego a arma para o meu inimigo no meio da batalha. Mas posso falar do que é óbvio. Eles têm o melhor jogador das Américas, que é o Neymar. O Paulo Henrique Ganso está recuperando a boa forma, o Arouca, que para mim já poderia receber oportunidades na Seleção Brasileira, é um excepcional jogador e ainda tem o treinador que melhor monta uma equipe no Brasil, que é o Muricy”, afirmou o ensaboado Guto Ferreira.
Mas se não contou para o resto da escola, é claro que seus alunos tiveram de ouvir durante a semana os detalhes do estudo feito por Guto. Falhas e virtudes do atual campeão da Libertadores foram passadas meticulosamente para os atletas, que já sabem os atalhos que podem levar o Mogi Mirim a fazer história, ou melhor, ratificar como prefere Guto.
“A história já fizemos, porque recolocamos o Mogi Mirim em uma fase tão importante do Paulistão, mas os atletas sabem que para ratifica, selar esta história é preciso seguir em frente”, pontuou o treinador, que completa. “Eles só estão colhendo o que plantaram. Toda esta mídia, a valorização, tudo veio com o trabalho e para continuar tudo isso, precisa vencer o Santos”.
O treinador, aliás, já trabalhou com Muricy em duas oportunidades. “Não de forma direta, mas trabalhei no São Paulo entre 1995 e 1996, quando ele era auxiliar e depois assumiu o cargo de treinador com a saída do Telê Santana e em 2005, quando eu era coordenador das categorias de base do Internacional e ele treinou o time profissional”, conta Guto.

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