terça-feira, 13 de agosto de 2013

Dado Cavalcanti e as aulas para uma carreira de sucesso


É usual os jogadores fazer referência aos treinadores como professores. Um dos mais emblemáticos é vanderlei Luxemburgo, que adora ser chamado de "profexô". Entre aqueles que estudaram anos e anos para lecionar a carregar tal título há rejeição à nomenclatura e, em muitos casos, concordo com eles. Porém há as exceções.

Em meio à tantos técnicos de sucesso prefiro me apegar a um que está apenas decolando. Dado Cavalcanti tem 31 anos. A pouca idade já se tornou algo chato quando se vai referir ao treinador que tem em 2013 como o grande ano de sua vida profissional. Dado chegou ao Mogi Mirim vindo da Luverdense-MT em dezembro do ano passado e me lembro de sua primeira coletiva no clube. Com uma postura educada falou sobre todos os pontos de interrogação que o cercava. Ele também teve pés no chão e a campanha do Sapo no Paulistão foi muito além de seu discurso.

Dado é o tipo boa praça. Tem em Wilton Bezerra uma auxiliar que agrega ao elenco com piadas e bom humor. Nada das ranzices comum a muitas comissões técnicas. mas, também, nada de desrespeito à hierarquia. Mesmo jogadores que estavam à margem nos planos de Dado reconheciam a qualidade do trabalho do treinador. "Acho que ele nem tem tempo para esposa. Ele estuda demais, manja muito", chegou a brincar um dos atletas.

A observação foi certeira. Para quem gsta do futebol em seus mínimos detalhes conversar com Dado ou simplesmente ver seus treinos sempre foram boas aulas. Era impressionante no Mogi o quanto o clube executava em campo o que era treinado no Romildo Ferreira durante a semana. Nas exibições de DVD's dos adversários (que de vez em enquando eu escutava sem autorização) ficava absurdado com a quantidade de detahes citadas por Dado e que eram feitas daquela forma pelos rivais.

Em maio Dado foi embora. Deixou o Mogi e migrou a Curitiba. Coritiba e Atlético-PR não eram os destinos e sim o Durival de Britto. A decisão assustou muita gente que esperava ver Dado já na Série-A. O treinador, porém, havia dado a palavra ao Tricolor e memso sabedor que poderia ser contratado por clubes em um estágio acima, resolveu ficar um estágio abaixo. Em um Paraná longe daquele de Caio Junior que em 2006 foi à Libertadores, Dado encontrou uma mescla de jogadores experientes como Reinaldo e Anderson, ex-São Paulo. Tambem haviam jovens peças e desta mistura saiu um time que após 15 jogos está firme no G4.

O problema é que também havia uma crise financeira. E a situação dos paranistas foi exposta por Dado após a vitória por 3 a 1 sobre o Boa Esporte. o confronto foi direto pelo G4, mas, acima de tudo, marcou o momento de expor a conjuntura econômica. "Não podiamos falar sobre isso em outros jogos, com derrotas, ia parecer desculpa", citou aos veículos de comunicação do Paraná. A escolha do momento apropriado e a função de dar o tapa na cara expõem o amadurecimento precoce em comandar. A idade, mais uma vez, é irrelevante e Dado segue dando aulas se como solidificar uma carreira de sucesso. Se mantiver o nível de conhecimento e a tara por estudar futebol aliada ao caráter que explícita por onde passa, Dado tem tudo para poder, em breve, ser chamado de professor em um grande clube brasileiro.
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