Fernando Torres, Diego Forlán, Sérgio Aguero e Falcao Garcia. O que todos estes jogadores tem em comum? MUITO. O quarteto já passou por transações milionárias, grandes ligas e, acima de tudo, foram responsáveis por comandar o ataque do Atlético de Madrid. E mesmo com status de estrela estes atacantes também comungam o fato de estarem abaixo de um desconhecido brasileiro (desconhecido para muitos brasileiros...). Torres, Forlán, Aguero e García passaram pelo Vicente Calderón sem vencer o Real Madrid pela Liga Espanhola. O jejum passou por eles e completou 14 anos (por pouco não ganhou o direiro de votar). Só que antes de postergar a seca no Dérbi de Madrid um tal de Diego Costa destronou a supremacia merengue. Neste sábado, em pleno Santiago Bernabéu, um gol do camisa 19 colchonero fez do jejum um assunto passado. E olha que o próprio Costa, ainda com Falcao como companheiro, havia feito o gol na final da Copa do Rei, em maio, que acabou com o jejum em todas as competições (que também somava 14 anos).
Mais do que extinguir o tabu, o gol foi o sétimo do atacante em oito jogos pelo Atléti. Ou seja, poucos choram a ida de Garcia para o Monaco graças a ele. E justamente a ausência de Falcao fez o brasileiro mudar o posiocionamento, jogando como referência. David Villa, customeiramente "o 9", é hoje o atacante de lado e a estratégia tem dado tão certo que Costa pde ser seu concorrente na própria Seleção espanhola. Isso mesmo. García foi convidado pela Real Federación e estaria propenso a ignorar a Amarelinha pela Fúria. Mas, e aí, Felipão, você vai deixar? Fred foi bem na Copa das Confederações. Jô vive boa fase. Mas é pouco. A Seleção precisa de alguém com respeito internacional e não me venha com Pato, chacota lá fora e em má fase por aqui. Diego ainda é brigador, matreiro. Um encrenqueiro que não e expulso, mas sabe expulsar o rival. E o mais intrigante é que após a convocação de quinta para os jogos com Coréia do Sul e Zâmbia, a próxima convocação será apenas em 2014 e abrirá um longo período para que a Espanha xaveque Costa à vontade.
ATLÉTI COMO GENTE GRANDE

Na coluna pré-jogo citei a necessidade do Atlético de Madrid em vencer o Real não apenas pelos três pontos e pelo tabu, mas para retornar ao conceito de grande. E desde o começo do jogo no Bernabéu os rojiblancos foram imponentes. Controlaram o jogo e conseguiram abrir contestação ao trabalho de Caro Ancelotti. Mérito do ótimo serviço prestado por Diego Simeone, que faz os jogadores atuarem por ele e como ele quer. O time é coeso, tem uma defesa sólida (Miranda também merece a Seleção e arrisco dizer que irá para o United na próxima janela de inverno). O meio-campo é forte, mas também cerebral com Turan e Koke e o ataque é o que está lá em cima, com Costa e Villa. A vitória mantém o Atlético na liderança ao lado do Barcelona. São sete vitórias e 100% de aproveitamento, além de cinco pontos de vantagem sobre o próprio Real.
