Comum apenas para o sistemático Mourinho. O português o sacou dos Blues e elevou Hazard, Oscar, William e até Schürrle à frente do agora ex-camisa 10 londrino. Sem espaço, Juan Mata cairia como uma luva en mi Atlético de Madrid e nel mio Napoli. Mas elogio o caminho traçado por Mata.
O Espanhol terá uma árdua missão. Chega ao Old Trafford em uma transação recorde. A mídia britânica crava que David Moyes utilizou £37M para tirá-lo de Stanford Bridge. O desespero em busca de um Sam Winchester para evitar o apocalipse fez Moyes imitar Arsene Wenger. O francês iniciou a temporada sob vaias e protestos dos Gunners. Eles queriam reforços para sepultar o jejum de oito anos sem títulos e Wenger foi à Espanha em busca de Mesut Özil.
O alemão estava encostado no milionário quadro de funcionários do Real Madrid e tem mostrado que valeu cada centavo. Özil mantém sua ótima média de assistências e é um dos artífices da campanha que mantém o clube do Norte de Londres no cume da tabela da Premier League. Com estilos e histórias parecidas, Özil e Mata podem terminar a temporada como heróis. Para o alemão, a meta é derrubar a seca de títulos. Para o espanhol, nada mais do que salvar o United da pior temporada em anos.
Mata veste a camisa do United em montagem na web |
E esta falta de maiores pretensões ao United acendeu outra polêmica envolvendo a transferência. Quando o Arsenal procurou Demba Ba e Mata, na janela de verão (europeu), Mourinho fechou a porta ao time que considerava um concorrente ao título. A tendência se cumpriu, Arsenal e Chelsea brigam ponto a ponto com o City pelo primeiro lugar.
E uma semana após o Chelsea despachar o United com um hat-trick de Eto'o (isso mesmo, três encaçapadas) e ficar sem compromissos contra o rival, Mata é liberado. Wenger lançou críticas a Mourinho, que óbvio, retrucou. Neste enredo, está Juan Mata e o duelo entre United e Arsenal no dia 12 de fevereiro.