segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Pabón no São Paulo. Sem precipitação. Sem empolgação.

Torcedor de futebol tem uma queda por rótulos. Tal time gosta de jogadores raçudos. Tal time não cai. Tal time não vai dar certo. Ultimamente, o torcedor do São Paulo tem sofrido do "Mal de Juvêncio". Qualquer reforço que chegue ao Tricolor já é massivamente criticado antes de saber que o Morumbi fica na Praça Roberto Gomes Pedrosa. Na corrente da exceção, há os otimistas. Quem se empolgam com Cortez, Welliton ou Denílson. Vivem do passado destas figuras, assistem vídeos na internet e acham que o salvador da pátria chegou.

Pois bem, nesta segunda-feira o São Paulo ficou perto de anunciar Dorlan Pabón. Até a conclusão deste texto, o colombiano não havia sido anunciado de forma oficial. Mesmo assim, os veículos espanhóis cravam o acerto por 18 meses e a opção do Valencia em vendê-lo caso haja uma sedutora oferta durante os mercados que virão. Jonas, brasileiro e colega de Pabón no Che, apresentou Pabón em entrevista à ESPN.

Para muitos, Pabón dispensa apresentação. Em 2012, durante a Copa Libertadores, assisti aos jogos do Atlético Nacional e o colombiano arrebentou. Um futebol de força, ótima conclusão e mobilidade. Parceiro ideal para Luís Fabiano. Mas depois, no Real Bétis e no Valencia, o colombiano caiu. No clube valenciano foram três gols em 11 jogos. Média ruim de gols. Baixa presença em campo. Um dos motivos: lesões.

Pabón é uma incógnita. Não se pode criticar o São Paulo por buscá-lo, já que tem potencial. Mas também não é possível considerá-lo o salvador da pátria. O torcedor são paulino deverá ter paciência e apostar em um fator: Copa do Mundo. A motivação de Pabón é beliscar um lugar na seleção de Falcao Garcia e Jackson Martinez. Com Falcao lesionado, as chances crescem e jogando no país do mundial a aposta de Pabón é uma só: provar ao são paulino e ao técnico José Perkeman que ele pode ir além de um simples ponto de interrogação.

GRINGO
Outro importação do São Paulo para 2014 foi o uruguaio Álvaro Pereira. El Palito chegou, treinou, estreou e agradou. Contra o Oeste, mostrou técnica (ao ir à linha de fundo e ao bater bolas paradas) e raça (ao dar carrinhos e pentelhar o juizão). Uruguaio, como Pedro Rocha, Forlán, Dario e Lugano, Pereira tem potencial para ganhar o carinho do são paulino, o torcedor mais celeste do Brasil.
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