Osvaldo Alvarez é o novo técnico da Ponte Preta. Ótimo para a Macaca. Bomba para Vadão. Boa praça, o idealizador do Carrossel Caipira do Mogi Mirim, na década de 90, é também um bom técnico. Não duvido que ele pegue este rojão e transforme em um bonito espetáculo pirotécnico. Mas o risco da bomba explodir em suas mãos, é grande. A diretoria da Macaca está mais perdida que filho de prostituta em Dia dos Pais.
(Há, entre os amigos pontepretanos, quem chame Della Volpe & Cia justamente de filhos da citada acima). Problemas com a liberação do Moisés Lucarelli, dificuldade para fechar as contas em 2013, reforços abaixo da técnica para um clube que fez uma Copa Sul-Americana acima do que podia. Osvaldo Alvarez encontrará um cenário muito mais difícil do que Sidney Morais.
O ex-técnico do Icasa e ex-volante do São Paulo (inclusive, com Vadão, em 2001), pegou os problemas políticos e não soube aproveitar o tempo que teve para montar seu "projeto". Vadão herda também o baixo nível técnico. Na goleada sofrida para o XV, por 4 a 1, um amontoado de peças comuns. Das caras novas, Rossi é um dos raros com potencial para brilhar. O jovem, que esteve emprestado ao Mogi Mirim, possui estilo parecido ao de Rildo, agora no Santos. Thiago Carleto e Silvinho, refugos de um São Paulo que já anda mal das pernas, não devem acrescentar muito.
Ou seja, Vadão, você vai ter trabalho. Terá que repetir o Guarani de 2012 agora no lado preto e branco de Campinas. Transformar um gigante vulcão em erupção em um Oasis em meio ao turbulento ambiente pontepretano. No primeiro desafio, nada menos explosivo que o Corinthians, em Campinas. O time de Mano Menezes também levou uma chamuscada no meio de semana (5 a 1 fora o baile na Vila) e quer que a Ponte pague o Pato (R$ 40 milhões é muito... rs). Enfim, muita água brava vai passar por baixo dessa ponte e o apaixonado torcedor da Macaca precisa desejar um sonoro "boa sorte" a Vadão.
PALAVRAS DO HOMEM
Ao site oficial da Ponte Preta, Vadão mandou o recado: “Conheço
muito bem a Ponte, é minha quarta passagem por aqui, e é uma satisfação
muito grande, até porque assinamos um compromisso mais longo que nos
dará tempo para ajustar a equipe e fazer grandes competições”. Em 2005, na sua última passagem pela Macaca, deixou o clube no primeiro
lugar do Brasileirão da série A e saiu para comandar o Tokyo Verdy). "Peço ao torcedor que apóie o time e tenha confiança".