Donizete, Seixas, Bugrão, Carioca, Sandro Gaúcho, Alex, Hernane. A diferença entre os jogadores é a tamanho, medido em anos, da saudade deixada no torcedor do Mogi Mirim. Todos carregaram um estigma artilheiro. Um faro intrínseco de balançar as redes. No atual elenco, quem carrega este perfil atende por Magrão.
Artilheiro da Série A3 em 2009, pelo Penapolense. Vice-artilheiro, da mesma competição, em 2011, pelo Sport Barueri. Magrão sempre brilhou em divisões de acesso e não vê a hora de liberar a tábua de artilheiros em um campeonato de elite. A primeira grande expectativa foi criada em 2013, quando retornou a Penapolis.
“Fiz três gols, até que fui bem, mas o Pintado (treinador) me escalava mais recuado e dificultou para marcar os gols”, explicou. No ano passado, Magrão desembarcou no Mogi Mirim. Após o sucesso de Hernane (em 2012) e Henrique (em 2013), o centroavante esperava repetir o brilho. “Meu problema foi a lesão no jogo de estreia contra o Comercial. Foi algo que nunca aconteceu na minha carreira”.
Magrão desfalcou o Mogi por seis rodadas e só voltou a ser titular na última rodada. Mesmo assim marcou seis gols, número suficiente para terminar a temporada (não apenas o estadual) como artilheiro do clube. Após disputar a Série C pelo CRB (e fazer sete gols), Magrão está de volta, assim como o objetivo. “Quero ser artilheiro. Vou brigar para colocar meu nome lá no topo. Claro que para isso vou me doar, jogar pelos meus companheiros, mas minha função é fazer gol e jogarei para isso”.
INSPIRAÇÃO - Magrão comunga da opinião de que o futebol moderno tem reduzido o número de centroavantes. Os técnicos optam por peças que ajudem na marcação, principalmente pelos lados e quem não se adapta, é cortado. “Tem que voltar, colaborar com o meio-campo, a defesa”, destacou. Ainda assim ele consegue enumerar alguns exemplos de ‘matadores’.
O sueco Ibrahimovic, é, para Magrão, o melhor atacante de área na atualidade. “Ele protege muito bem, faz o pivô e marca gols com muita facilidade”, elogiou. Já no Paulistão, ele vê Alan Kardec, Paolo Guerrero e Ricardo Oliveira como principais concorrentes, além, é claro, de uma de suas inspirações. “O Luís Fabiano é bom demais nessa função. Ele tem facilidade para jogar na área, conhece os atalhos. É um dos melhores camisas 9 ainda no Brasil”.
Na luta pela artilharia, Magrão ainda lembrou que há sempre jogadores de clubes menores na briga. No ano passado, Léo Costa, então no Rio Claro, dividiu o status ao lado de Luís Fabiano, Alan Kardec e Cícero. Agora na Portuguesa, o atacante é mais um oponente na briga do artilheiro. “Tem muita gente boa e por isso tenho que estar no meu melhor”, finalizou.
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