Entra o ano de 2015 e o Mogi segue com Magrão e Rivaldo Júnior. No mínimo um decréscimo matemático de opções, de três para duas. Outros centroavantes foram oferecidos ao Sapo para compor a vaga restante, mas Rivaldo e Claudinho estavam convencidos de que Juninho agora estava pronto para poder efetivamente jogar e não trouxeram outro jogador.Quem acompanha a carreira do garoto desde o sub 17 do Mogi sabe que Rivaldinho está longe de ser um cabeça de bagre.
Apesar de alto, ele sempre jogou de cabeça erguida e teve mobilidade e inteligência suficiente para sair da área e servir seus companheiros. Apesar de ser camisa 9 e ter chute forte não são raras as vezes que ele opta pelo passe. Já fez dois gols de bicicleta na base do Sapo, um deles contra o agora tristemente fechado União São João, em Araras. Mas, para os mais cornetas de plantão ele ainda não havia provado nada no profissional. Claro, a estrada é longa e está só começando, mas, na noite deste sábado, Rivaldo Júnior deixou de ser apenas o "filho do presidente" e passou a ser atacante do Mogi Mirim Esporte Clube. Boa sorte garoto.
Não foi só Juninho que apareceu para a torcida na vitória do Braga. Val também voltou a vestir a vermelhinha com a qualidade de sempre e ajudou no toque de bola do Sapo que foi superior ao time da terra da linguiça no primeiro tempo. Porém, contra um time que praticamente só se defendeu, faltou ao Sapo mais objetividade para decidir o jogo. Apesar do domínio territorial, o Mogi teve apenas uma chance. O gol de pênalti de Magrão. Laterais mais tímidos do que de costume facilitaram a missão de marcação do Massa Bruta. Timidez essa que pode, em parte, ser explicada pelas ausências de Valdir e Vitinho machucados.
Todos sabiam que Val não aguentaria o jogo todo. Fiquei até surpreso com a presença dele em campo, levando em conta que a menos de um mês ele foi dispensado pelo XV de Piracicaba que, por meio de seu departamento médico, concluiu que Val não reuniria condições de ajudar o Nhô Quim no estadual. A se julgar pelo visto hoje, o Mogi acertou na aposta e o rival piracicabano se precipitou na avaliação e não teve a paciência merecida pelo atleta. Com a saída do volante no intervalo, Claudinho não foi burocrático e a meu ver merece aplausos por isso. Poderia ter apenas colocado Romarinho e trocado um volante por outro. Ousou. Mostrou mais confiança e crescimento como treinador. Optou por recuar Everton Heleno e colocou outro atacante, Thomas Anderson.
Mas, o outro lado também tem suas armas e o atacante Caio mudou o jogo infernizando a zaga vermelhinha que não esteve tão sólida quanto nos jogos anteriores. Principalmente Wagner, que deu ao time adversário um gol salvo pela trave e esteve abaixo de seu nível normal. Faltou pegada ao meio campo na etapa final. O segundo tempo foi do visitante em sua maior parte. Todavia, na comparação entre os dois times paulistas que vão disputar a Série B do Brasileiro, fiquei com a impressão de que os comandados de Claudinho estão um passo a frente. Sete pontos em três jogos e outra vez o melhor do interior na arrancada inicial. É cedo, muito cedo, Mas o torcedor pode e deve continuar sonhando com um belo ano.
0 comentários:
Postar um comentário