segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
O mercado lento e nota 6,5 dos grandes paulistas
A demora do São Paulo para anunciar reforços possui dois prismas. Os mais pessimistas apostam em falta de planejamento e competência da diretoria e já vê com receio a estreia da equipe na Libertadores, em que atuará na primeira fase. Já uma ótica mais otimista indica que as contratações possam ser mais cirúrgicas. Em tese, ao procurar por peças de maior qualidade e que possam suprir, de fato, as necessidades do elenco, a diretoria esbarrará em obstáculos contratuais e financeiros.
A grana é outro ponto interessante. Nos últimos anos, o São Paulo, como outros gigantes, esbaldaram reforços de nível duvidoso. Uma readequação ecônomica, mesclada a escolhas precisas para reposição e complementação de um elenco funcionam como chave para o sucesso de um clube de futebol. Não se pode cometer o mesmo erro de 2013, quando, por exemplo, contrataram o caro e em decadência zagueiro Lúcio para uma posição em que os dois titulares viviam boa fase. Era óbvio que Tolói ou Rhodolfo seriam sacados para a entrada do campeão mundial. O mal planejamento e a afobação em contratar uma peça desnecessária, mas, que estava fácil no mercado, contribuiu para os vexames na Libertadores e o quase rebaixamento no Brasileirão.
Sobre o Lugano, já falei por aqui, é uma contratação importante. Diferente de Lúcio, chegará em uma posição sem um titular absoluto (nem Rodrigo Caio pode ser tratado assim) e em um clube carente de ídolo e liderança. Quem vive o futebol sabe o quanto esses aspectos subjetivos são tão importantes quanto um bom driblador ou uma tática bem aplicada. Já Kieza é incógnita. Se fechar, poderá ser um novo Grafite, que chegou ao clube rodado em agremiações pequenas e se destacou. Ou mais um. Como não é gênio e não é grosso, a diretoria parece cautelosa no acerto com os chineses.
O Santos, que também se movimenta a passos lentos na janela, anunciou o atacante Paulinho. Aquele, de belos gols e muitas lesões e polêmicas no Flamengo. Aquele, que posou para foto com a camisa do Corinthians. Mais um 6,5. O Peixe ainda está interessado no meia Camacho, do Avaí. Trabalhei em alguns jogos em que ele atuou e parece ser uma boa peça de composição de elenco. O Cerro Porteño também tem interesse. Já o Palmeiras não deve mesmo fechar com Jean, do Fluminense. O clube carioca está próximo de ceder o ex-jogador do São Paulo ao Cruzeiro. Jean é outro de nota 6,5, média que domina o futebol brasileiro atual.
Aliás, não é só aqui. O zagueiro Jackson, que defendeu o Palmeiras em 2015 e pertence ao Internacional é cobiçado por Mônaco e Lyon. A diferença da Ligue 1 para o Brasileirão é que lá, pelo menos, é Europa. Tem grife a Torre Eiffel fica mais perto. Na outra mão, os atletas que chegaram seguem a mesma linha 6,5. Edu Dracena já foi 8, mas, com o passar dos anos, entrou no geral. Outros exemplos. Rodrigo e Erik (ex-Goiás) e Régis (ex-Sport) possuem potencial, mas, não fogem da regra e precisarão provar que podem atingir conceitos maiores. Entre os paulistas, o único com um nome acima do 6,5 é o Corinthians. Marlone, porém, é 7 e está abaixo dos 8,5 que foi Jadson no segundo semestre corintiano...
FOTOS: Assessoria do SPFC | Assessoria do Avaí
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