domingo, 7 de fevereiro de 2016
Esportiva 1 x 1 Fernandópolis - Raça, empate frustrante e projeção pessimista
Série A3 tem aquela sina. Jogo truncado, com poucas chances. Quando tem, tem que matar. Na noite deste sábado (6), Esportiva Itapirense e Fernandópolis empataram até neste quesito. Cada equipe marcou uma vez no 1 a 1 registrado no Chico Vieira, em Itapira. Porém, cada time foi para casa frustrado com gols perdidos. A diferença, talvez, seja que o Coelho perdeu mais. O torcedor sofreu mais. Ainda mais pelas circunstâncias. Um jogo típico de A3, contado, por partes, nesta postagem:
1 - O confronto começou pouco antes das 19h00. O Fefecê contava com quatro ex-itapirenses. João Batista, o técnico, escalou o atacante Billy e o meia Diego Costa, peças no acesso inédito à A2, em 2013. Marcelinho, figura importante na fuga do descenso em 2015 também estava na equipe, mas no banco. Os visitantes eram apenas um dos sete clubes que chegaram á terceira rodada zerados na pontuação. Ou seja, mesmo, fora, havia certa pressão.
2 - A Esportiva também entrou em campo em baixa. Duas derrotas e a desconfiança da torcida por conta da inscrição de apenas de 14 jogadores. Um erro que precisa ser colocado na conta de Marcão (presidente) Paulinho Ceará, Sandro Candreva, Claudemir Peixoto, Edivaldo Pires, Júlio Américo. Enquanto ninguém assume a responsabilidade, fica aberta a margem de dedução. E todos que estão à frente da diretoria têm culpa pela ridícula situação. Diante do Fernandópolis, foram apenas 13 opções. Kaio, machucado, ficou fora. Pedro e Rodrigo Caio, filho do empresário Guilherme Caio, foram as opções.
3 - Com o campo pesado pela chuva, os dois jogos praticamente sem substituição e o peso psicológico de não poder se machucar ou ser expulso, os jogadores da Esportiva estão sempre sujeitos a atuações abaixo da média. Repito, culpa de quem está acima. Todos. Mirandinha, o técnico, aparece no meio disso tudo. Montou um time, o treinou por 60 dias e agora convive com a impotência de não poder escalar o time que julga ideal. Tampouco de mudar jogos no decorrer das partidas. Começar um duelo assim é covardia.
4 - O jogo começou e o equilíbrio entre dois times com mal retrospecto inicial ficou claro. A Esportiva teve grande chance com o garoto Kellyton e depois com Jefferson. Já o Fefecê esteve perto do gol após lance falho da defesa da Esportiva, mas Gustavo isolou. Foi uma daquelas jogadas que geram lamentação por dias. Truncado, o duelo ficou restrito às duas intermediárias e os primeiros 25 minutos não empolgaram o torcedor.
5 - Já a partir dos 28 minutos o espaço dado pelas laterais das duas equipes agitou o jogo. Pela direita de seu ataque o Fefecê achou o cruzamento que, aos 28 minutos, terminou na conclusão livre de Billy. Aos 31, com mais dificuldades, Kellyton recebeu passe que também veio da direita. Ele, lateral, estava como um meia, girou dentro da área e de esquerda bateu no canto direito Willian. 1 a 1.
6 - Logo após o gol a Esportiva iniciou sua sina de gols perdidos. Jackson recebeu passe pela esquerda e avançou livre. Quando encontrou com o goleiro do Fefecê foi travado e o primeiro tempo terminou sem a virada certa. Na etapa final os visitantes iniciaram melhor, mas sem eficiência. O goleiro Felipe nem chegou a trabalhar de fato. Acionado por Kellyton, Jackson chutou bola na rede pelo lado de fora aos 9 minutos. Aos 14, Mirandinha fez sua única possível mudança. Sacou Paulo Otávio e colocou Rafael Caio. O canhoto até criou boa chance aos 24, quando Kellyton chutou para fora. Oportunidade com sangue genuinamente itapirense.
7 - Alex Pires. O camisa 9 foi o protagonista dos últimos três lances. As oportunidades que justificam a abertura desta postagem. Enquanto o Fernandópolis teve gol bem anulado aos 34 e Jefferson não teve perna para concluir lance aos 37, o grandalhão avante da Esportiva se transformou em alvo principal dos frustrados torcedores. Aos 41, após mais uma grande chance criada por Kellyton, Alex Pires, livre, cabeceou torto, para fora. A chance de se redimir surgiu no minuto seguinte. Kellyton (sempre ele) cruzou, a bola passou por zaga e goleiro e dentro da pequena área, quase na linha, repito, sem goleiro, Alex Pires furou. O torcedor já deixava o Chico Vieira quando, aos 44 minutos, ele apareceu mais uma vez. Boa jogada de Bruno, que achou Alex na entrada da grande área. O camisa 9 bateu forte e a bola, toda traíra, estourou no travessão. Não era a noite dele. Não era a noite da primeira vitória da Vermelhinha.
8 - Marcelinho já havia sido expulso por reclamação quando a Esportiva também teve um atleta excluído. O zagueiro Álvaro cometeu falta pela direita da zaga, recebeu o segundo amarelo e deixou a Esportiva com 10. Pior que isso, apenas Wendel é zagueiro de ofício para o confronto da próxima quarta-feira (10). A tendência é de que Magno seja recuado para a defesa, mesmo que o volante tenha deixado o gramado visivilmente prejudicado por dores musculares. Caso o atacante Kaio não volte de lesão, serão, mais uma vez, apenas 12 nomes para enfrentar o melhor time da Série A3. O Atibaia é o único com 100% de aproveitamento e mandará o duelo mais uma vez em Indaiatuba, já que seu estádio não está em condições de mandar jogos. Como o duelo será às 10h00 e a CBF estará em recesso até terça, não será possível adicionar mais peças para o duelo.
9 - A projeção para o próximo duelo é das piores. A Esportiva poderá chegar a um ponto em 12 possíveis e se credenciar ainda mais ao rebaixamento. O time que vi contra o Fernandópolis não é ruim. E nem é o ideal na cabeça de Mirandinha, prejudicado pela bagunça daqueles que deveriam defender os interesses do clube da cidade. Até aqui ainda vejo heroísmo nos atletas e na comissão técnica. Porém, na A3, não há milagre. Se a sabotagem interna continuar o destino é um só. O purgatório da Segunda Divisão. Ou nem ela...
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