Buscar informações do próximo rival é matéria básica para qualquer treinador. Na Série A3, por exemplo, a missão é dificultada pela falta de transmissões de 80% dos jogos. É preciso ter sorte que o jogo anterior do adversário tenha sido transmitido pela TV Brasil ou Rede Vida. Ou alguma TV local. Já no Paulistão o sofrimento maior é na primeira rodada. Depois, com o Premiere, está tudo muito bem exposto.
A exposição é ainda maior dos grandes, que também costumam ter os treinos abertos e acompanhados até com o ‘tempo real’ de portais esportivos. O Santos, adversário do Mogi Mirim na quinta-feira (25), está mais do que dissecado por Toninho Cecílio & Cia. Ainda assim, é interessante exercitar a função de ‘professor’ e fazer a lição de casa sobre o rival mogiano.
FRAGILIDADES – O sistema defensivo santista é um problema que Dorival Jr. Tenta corrigir desde o ano passado. Sem David Braz, lesionado, o sistema ficou ainda mais visado. O ataque do Mogi, em evolução, enfrentará uma dupla de garotos, formada pelo gigante Gustavo Henrique (1,91m) e Lucas Veríssimo. Com Léo Artur e Keké abertos o Sapo pode afrouxar a marcação e deixar Roni em condições de aumentar a boa média que hoje é de 3 gols em 5 jogos.
Thiago Maia e Renato é uma dupla de volantes com muita qualidade técnica. O ex-volante do Sevilla, porém, já não é mais um garoto e abusar da falta de recomposição rápida pode ajudar. O Palmeiras não se sobressaiu nesta condição pois Marcelo Oliveira insistiu no esquema com três volantes, que foi engolido pela estratégia santista. O experiente volante foi até poupado por Dorival nos treinos da semana e o meia Rafael Longuine ocupou sua vaga. Se apenas Maia ficar no setor, o Santos ganhará em presença ofensiva, mas oferecerá campo para o meio-campo do Mogi atuar. Com Lulinha livre para armar e municiar os três atacantes, será possível pegar o Santos desprevenido. Até porque, jogando como mandante e com a responsabilidade de ser o time grande, o Peixe terá de atacar, gerando oportunidades de contra-golpe para o Sapo.
FORTE– Não há novidades aqui. O Santos é um perigo com a bola nos pés. Gabriel e Ricardo Oliveira são letais na área e a movimentação confunde as defesas. Será um teste importante para observar a evolução e consistência do sistema defensivo liderado por Renato Santos e Bruno Costa. Dorival deve optar por Patito Rodriguez na vaga de Serginho, tornando o esquema ainda mais profundo e não tão concentrado no meio, como foi contra o Palmeiras.
Lucas Lima é a peça a ser marcada, já que se tornou um ‘todo-campista’ desde que chegou ao Santos. Não será fácil voltar a vencer um grande paulista fora de casa após mais de 11 anos. O último triunfo ocorreu em 2005, quando o time de Serrão bateu o Palmeiras no velho Parque Antártica. O Peixe ainda tem o estímulo de precisar vencer após duas rodadas. Mesmo período em que o Sapo somou seis pontos e ganhou a confiança suficiente para, quem sabe, derrubar um gigante na capital...
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