terça-feira, 4 de março de 2014

A reação itapirense tem o toque de Ruy Scarpino

Quando tudo dá errado em um time de futebol, a culpa, invariavelmente, recai sobre o técnico. Mas e o sucesso? Muitas vezes, também é necessário lembrar o "professô". O atual momento da Esportiva Itapirense na Série A2 passa (e muito) pelas mãos de Ruy Scarpino. Primeiro pelo simples fato de ter substituído Paulinho Ceará. O clima no elenco com o antigo treinador não era dos mais harmônicos. Vide as declarações de Finazzi antes e depois da alteração no comando técnico.

A peça mais experiente do elenco está mais feliz. Transborda participatividade nas comemorações e durante o jogo. Grita, gesticula, discute com a arbitragem. De quebra, dois gols e uma assistência nos três jogos de Ruy. E voltamos ao técnico. A diretoria, que coleciona inúmeros erros e acertos nos últimos anos, desta vez foi precisa. Nos bastidores, um termo interessante. "Era preciso buscar um técnico com o perfil da divisão". E o Coelho foi além. Ruy caberia em muito time da A1. Mas, na A2, é um trunfo na mão da Vermelhinha.

Em campo, Scarpino teve grande sacada ao transformar o time em um Ferrolho Loko. Três jogos com cinco zagueiros de origem e sete pontos conquistados. Pontuação idêntica à que Ceará conquistou em oito jogos. Claro que a montagem do Ferrolho teve a contribuição dos desfalques. Mas deu certo fora de casa. Um exemplo do sucesso é a redução da participação de Adinam nos jogos. Antes bombardeado e herói em muitos jogos, agora o goleiro está menos exposto.

Fechadinho, com Saulo, Rufino, Renan, Vinícius e Anderson Luiz rifando 95% das bolas que rondam a meta vermelha, a Itapirense teve ainda a melhora de Valdeir. Ruy afirmou após a vitória sobre o São José, no sábado, que logo que chegou exigiu do meia que assumisse o papel de articulador do time. Ele já conhecia Valdeir há quase dez anos e sabia da capacidade do meia. Valdeir brilhou em Jacareí e enjoou de deixar Ibson, Finazzi e Jacaré na cara do gol. Em uma das geniais bolas enfiadas, Ibson driblou o goleiro Ramon e Finazzi abriu o placar.

Quem também teve estrela foi Diego. Logo em sua estreia, após chegar do futebol capixaba, o camisa 18 desempatou o jogo contra o Águia. O momento do gol foi crucial. Com 60 minutos de domínio, a Esportiva estava, pela primeira vez na partida, envolvida. Diego resolveu! O terceiro gol foi de Ibson, melhor em campo. Porém, o camisa 10 levou amarelo e está suspenso para o duelo com o Marília, no sábado, em casa.

Sem Ibson e provavelmente sem Jacaré, Ruy terá mais uma vez que mostrar porque é atualmente o grande artífice da reação itapirense na A2. Se Rodrigo Pardal se recuperar, a tarefa será menos árdua. Porém, com um treinador de Série A1, a Esportiva está confiante e até se tivesse que jogar com Lucas Valério no ataque, é provável que faria um bom jogo diante do MAC.

NR.: Esportiva x Marília será no sábado, 8, às 19h30, no Velho Chico!
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