sábado, 5 de março de 2016

Botafogo x Mogi Mirim: Por sonhos maiores, vitória é crucial em Ribeirão

Toninho Cecílio refutou. Não quer falar em rebaixamento ou fixar metas em pelear contra a temida degola. Está certo. O discurso do líder tende a elevar a auto-estima dos comandados. Principalmente quando estas palavras são expressas para a mídia. Porém, bem diferente do discurso, está a realidade que assombra o torcedor mogimiriano. Não há confiança em outra briga a não ser contra o descenso.

Neste sábado (5) o Mogi Mirim enfrenta o Botafogo. Jogo marcado para as 16h00 em Ribeirão Preto. Terra em que o Sapo já jogou 13 vezes e venceu apenas em 2012. Com gol de Hernane, hoje brocador em Salvador. Desde que enfiou 6 a 0 nos tricolores na épica quartas de final de 2013, o Sapo levou duas belas prensadas (3 a 1 – duas vezes) do Pantera. Mais do que o enredo passado, o importante é pensar no presente. O Botafogo é rival nesta incômoda luta e uma vitória em Ribeirão é primordial.

A sombra do pessimismo que abre este post está ligado ao desempenho. O Mogi Mirim estreou mal, fez jogos medianos com Ferroviária e XV, atuou muito bem diante do Linense e do Capivariano, foi goleado sem jogar mal pelo Santos e não ofereceu a menor resistência a um São Paulo em crise. Superior. Mas, em crise. Esta irregularidade comprovada preocupa, bem como a perspectiva proporciona pela tabela. O Sapo fecha a sequência de quatro jogos como visitante diante do Botafogo e faz dois jogos em casa (contra Oeste e São Bento). Visita a Ponte, recebe o Novorizontino e entra na reta final com duas viagens: São Bernardo e Itu. A última rodada será em casa, mas contra o Palmeiras.

Toninho Cecílio sabe da importância de se impor neste campeonato criado entre os jogos com São Paulo e Palmeiras. “Estes são os nossos rivais, times do nosso porte. Contra eles estávamos somando pontos”. Não há dúvida de que isto é um fato. Poderia ser diferente. Poderia haver mais ilusões, como a elogiada Ferroviária ou o invicto São Bento. O peso das contratações e da preparação tardias poderá ser refletido no final.

Para que não haja lamúrias em abril, repito, um triunfo neste 5 de março é vital. O Botafogo mudou de técnico, abandonou o longevo Marcelo Veiga e estreará Marcelo Fernandes. A troca sempre traz um clima novo e incertezas para o técnico rival. Porém, foi em um sábado, longe de Mogi e contra um técnico estreante que o Sapo venceu seu último jogo. Também é provável a volta do esquema 4-2-1-2-1, variação do 4-3-3. Cecílio admitiu que o Mogi pouco criou diante do São Paulo por culpa de sua opção pelo 4-4-2.



A falta de atacantes pelas beiradas tornou a equipe impotente, já que Emerson Santos e Lulinha foram engolidos pelos volantes do São Paulo. A aposta no esquema mais lateral é válido, mas é preciso algo mais. Incomoda ver o Sapo criar tão pouco. O Mogi Mirim é o quinto time que menos chuta a gol neste Paulistão. Foram apenas 76 finalizações em sete jogos, número superior apenas a São Bernardo (72), Red Bull Brasil (71), São Bento (68) e Botafogo (57). O duelo de dois times que pouco concluem ainda pode estar desfalcado dos principais municiadores.



Vitinho é desfalque certo no Pantera. O ex-meia do Mogi sofreu uma lesão série no joelho e ficará cinco meses afastado do futebol. O jogador foi cortado da lista de 28 nomes e substituído pelo atacante Alemão, ex-Santos. Já no Mogi a baixa de Lulinha é cotada. O camisa 10 sente dores musculares no posterior da coxa e Cecílio fez mistério sobre sua utilização. O treinador deu pistas apenas de que Keké volta ao time, mas não falou se Emerson Santos será mantido ou se Gustavo pode herdar a função em uma eventual ausência de Lulinha.



O técnico explicou que estas são as opções mais plausíveis. Jean Deretti, por exemplo, em sua visão, não é um armador nato, mas sim um jogador mais agudo, que gosta de jogar perto da área. Romildinho, elogiado pela capacidade técnica, está no páreo, mas é franco-atirador. Há ainda a expectativa pela ausência de Bruninho, que já desfalcou o Sapo contra o São Paulo.



Josa e Gabriel Dias repetiriam a dupla de volantes. O Sapo com Daniel; Wendel, Saimon, Bruno Costa e Bruno Teles; Josa, Gabriel Dias e Lulinha; Keké, Léo Artur e Roni é o provável adversário do Botafogo. Rival, sim, contra o rebaixamento. Mas que pode servir de trampolim para uma luta exclusiva para desafiar o Corinthians nas quartas de final. Com nove pontos, aumento o discurso do ‘Eu acredito’.

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