quarta-feira, 28 de maio de 2008

FUTEBOL É IMPREVISÍVEL, PORÉM ÓBVIO!

FOTO: AG. CORINTHIANS
O Futebol é apaixonante, é vibrante, é imprevisível, porém óbvio!
Esta frase soa incoerente, mas há coerência no futebol?
O esporte bretão é paradoxal e itinerante...

Na última quarta-feira roteiristas de Hollywood invejariam os produtores da Copa do Brasil...
No estúdio do Morumbi uma grande epopeia, quase uma história sem fim! Perdidos no espaço, gladiadores de Corinthians e Botafogo fugiam do script, mas o roteiro do futebol é traçado repetidamente, mudando apenas os atores...
Após um primeiro tempo de muita luta, mas sem gols, o segundo começou com Mano Menezes expulso. O Botafogo jogando pelo empate sofreu o primeiro nocaute da noite aos 6 minutos.
Herrera fez boa jogada pela direita e cruzou para o 25 Acosta abrir o placar.
O Corinthians estava na final.
Instantes depois, Felipe, ídolo da Fiel, falhou e Renato Silva empatou.
O Botafogo estava na final.
Mas aos 19 minutos Chicão cobrou falta, Castillo com mãos curtas não alcançou a pelota e a final estava à uma decisão de penaltis do alcance de ambos os times.

Neste instante não havia mais lógica no embate, a igualdade no agregado deixava os dois times com o confronto do penaltis falando mais alto que arriscar e sofrer o gol sacramental da eliminação! O tempo passava e a obviedade passava a ganhar forma!

"O jogo vai para os penaltis, está na cara" - aclamava um botafoguense!
"Meu Deus, quem já jogou no Corinthians do time deles, ex-corinthiano adora perder penalti contra a gente"- pensava um corinthiano supersticioso!
"Não acredito que vai para os penaltis, aposto que o Felipe agora vai ser herói, todo goleiro que falha no jogo, vira herói nos penaltis"- sussurrava um palmeirense para um são paulino...

E o jogo foi para os penaltis, e todos convertiam com precisão. Chicão, Herrera, Nilton, Alessandro e Acosta fizeram para o Timão. Lucio Flávio, Alexsandro, Andre Luis e Jorge Henrique para o Botafogo, e da lista inicial de 10 batedores, apenas um já vestiu a camisa por hora adversária, Zé Carlos. Rápida passagem em 2004, mas que valeu para a superstição do "corinthiano" deixar óbvio que o seu Timão estaria na final. E os rivais, unidos na secada, já previam o sucesso do camisa 1 da equipe paulista.

Zé Carlos bateu, canto esquerdo de Felipe, meia-altura, do jeito que arqueiros gostam e fez a defesa, colocou o Timão na final, surpreendendo a muitos, mas menos os tantos supersticiosos que há no mundo do futebol...

FOTO: GLOBOESPORTE












O adversário do Corinthians na grande final da Copa do Brasil será o pernambucano Sport.
Atropelador na Ilha do Retiro, o rubro-negro de Recife encontrou um caldeirão em São Januário e a pressão da torcida vascaína foi tão intenso quanto belo. Uma festa cheia de fogos, de fumaça e que terminou quente para a cabeça de um cruzmaltino de longa data, Edmundo!

O Vasco passou o jogo todo criando oportunidades, e precisava mesmo. Apenas uma vitória por três gols de diferença colocaria o time da colina na final da competição nacional de forma direta, mas a cada instante que passava, os penaltis já estariam de bom tamanho para os cariocas.
O Sport jogava sem o maior astro, Romerito e viu brilhar a estrela de Leandro Amaral. Aos 19 minutos ele aproveitou cruzamento na área e abriu o placar para o Vasco da Gama. O time de São Januário seguiu a pressão e aos 46 minutos surgiu o herói da noite. Magrão rebateu chute distante e Edmundo aproveitou o rebote para fazer 2x0 e levar o jogo para os penaltis.

O mesmo Corinthiano que via seu time sofrer para ganhar no Morumbi, ao lembrar dos ex-corithianos que perderam penalti contra seu time, lembrou do principal, Edmundo. Em 200 no Mundial de Clubes, o Animal vestia a camisa do Vasco e 4 anos após sua curta passagem por Parque São Jorge, "deu" o título do mundo para o Timão. Depois desta lembrança, o botafoguense riu e disse:
"Ao menos não será só nós os cariocas eliminados, daqui a pouco o Machado fala, Edmundo erra penal em São Januário" . E Edmundo errou, à lá Baggio 94 mandou a bola para General Severiano, juntando as dolorosas eliminações fluminenses. Somente ele errou em São Januário, e Carlinhos acertou a bala final na roleta russa do penaltis.
Após 14 anos o Sport está em uma final de Copa do Brasil, contra o Corinthians. Em 1994 decidiu contra o Grêmio, e perdeu. O mesmo Grêmio foi derrotado pelo Corinthians em 1995 e campeão sobre o alvinegro paulista em 2001. O último título porém do Timão aconteceu em 2002, quando venceu a zebra Brasiliense, jogando a primeira no Morumbi e a segunda fora de casa. A CBF já sorteou e a ordem se repete, a finalíssima será na Ilha!

O "corinthiano" da nossa história já diz em bom tom:"É campeão!"
Porque para ele, o futebol é imprevisível, mas óbvio!

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