Globoesporte.com - O Santiago Bernabéu estava em ebulição. Derrota para o Barcelona no meio de semana, vitória de goleada do rival pelo Campeonato Espanhol contra o Málaga, crise entre líderes do grupo de jogadores e o técnico, torcida vaiando e fazendo cobranças... O Real Madrid entrou em campo, neste domingo, contra o Athletic Bilbao, precisando muito de um resultado positivo para acalmar os ânimos em Madri e também para manter os cinco pontos de frente para o rival Barça na liderança do Campeonato Espanhol.
A tensão era clara nas feições dos jogadores madridistas. Ainda mais após o primeiro gol do jogo, que foi dos visitantes. No entanto, com tentos de Marcelo, Cristiano Ronaldo (dois, ambos de pênalti, que mantém o gajo como artilheiro do Espanhol) e Callejón, o time da capital espanhola transformou um jogo tenso em goleada, garantiu a vitória por 4 a 1 e se manteve com uma ótima vantagem no primeiro lugar, com 49 pontos - contra 45 do Barcelona. Na próxima rodada, o Real pega o Zaragoza, enquanto os culés enfrentam o Villarreal. Antes, porém, as duas equipes voltam a se enfrentar no jogo de volta das quartas-de-final da Copa do Rei, na quarta-feira. O Barça levou a melhor na primeira partida, vencendo por 2 a 1, tendo a vantagem do empate para o confronto, que acontece no Camp Nou.
O Real Madrid tentou usar contra o Athletic a arma que o rival Barcelona sempre tem como trunfo: a posse de bola. Mas a estratégia não deu muito certo. Enquanto tentava chegar ao ataque com toques, os madridistas viam seu adversário apostar nos lançamentos longos, com muita eficiência, para desespero da torcida local. Logo aos 12 minutos, a crise em Madri se agravou. Em um veloz contra-ataque, o Bilbao abriu o placar. Com apenas 11 toques, o time fez a transição da bola da defesa para um cruzamento perfeito de Iraola, que encontrou Llorente livre para escorar: 1 a 0.
Depois de abrir o gol na casa do adversário o próximo passo para o Athletic era recuar, certo? Errado. O time seguiu pressionando e, aos 18, Muriaín arriscou de fora da área, Cassilas rebateu e Marcos, com o gol livre, finalizou de forma bisonha e desperdiçou a chance de aumentar. Mas o futebol não permite que se perca grandes oportunidades contra equipes como o Real Madrid. "A bola pune". Aos 25 minutos, Marcelo fez triangulação com Ronaldo e Benzema, ficou na cara do gol e tocou, com categoria, para empatar. Nada de "Ai, se eu te pego" na comemoração, mas sim muita vibração e palavrões em forma de desabafo.
O empate aliviou um pouco o clima no Bernabéu, mas não diminuiu o ímpeto do Athletic, que, ainda na base dos contra-ataques e lançamentos longos, seguiu assustando. Aos 34, Marcos, de fora da área, levou muito perigo à meta de Casillas. Quatro minutos depois, Llorente recebeu livre, frente a frente com o goleiro do Real, mas bateu mal na bola e mandou longe do gol. Sendo assim, o jogo foi para o intervalo empatado em 1 a 1 e com os ânimos nada calmos no Santiago Bernabéu.
Um minuto. Foi só isso que o Real Madrid precisou no segundo tempo para mudar a história da partida. Kaká foi derrubado na área, após tabela com Cristiano Ronaldo, e o português cobrou a penalidade máxima com perfeição para virar o placar, igualar os 22 gols de Messi na competição e deixar os merengues um pouco mais tranquilos. O Bilbao, por sua vez, sentiu o golpe. Quem seguiu melhor foram os donos da casa.
Com boas arrancadas de Kaká e Cristiano Ronaldo, tentando tabelas com Benzema, o Real passou a fazer o que se esperava dele. No entanto, esbarrava nas próprias pernas e acabava falhando na hora crucial de dar o último passe. Até que, aos 20 minutos, o francês encontrou Özil na área, ela cortou o zagueiro e foi derrubado: pênalti. Na sequência, o próprio Benzema empurrou para o gol, mas o juiz anulou o tento e mandou Cristiano Ronaldo cobrar a penalidade.
Ele repetiu o canto do primeiro chute, agora batendo rasteiro, e fez 3 a 1, reassumindo o posto de artilheiro do Campeonato Espanhol, com 23 gols - na temporada, são 29, em 28 jogos. O gol fez com que a partida ficasse ainda mais sob o controle do Real, ainda mais com a expulsão de Marcos pela penalidade. Faltando cinco minutos para o final da partida, Callejón ainda encontrou tempo e espaço para fechar o caixão do Bilbao, após belo passe de Higuaín: 4 a 1.
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