Por Lucas Valério
Sou meio vintage quando o assunto é futebol. Não gosto de uniformes recheados de patrocínios. Prefiro camisa limpa, como era até meados da década de 80. Mas, tenho que admitir. Sem esta fonte de renda, os clubes naufragam. Também sou apaixonado por estádios antigos. Palcos que em pouco mudaram desde que grandes gênios desfilaram por lá.
É o caso do estádio Conde Rodolfo Crespi, mais conhecido como campo da Rua Javari. Estive duas vezes no estádio da Mooca, em São Paulo. Um clima espetacular. Arquibancada que retrata bem como era o futebol há décadas atrás. Cabine de imprensa cheia de pombos. Uma casa, perto de uma das esquinas do campo, exibe as roupas no varal da dona de casa.
Na América do Sul, ainda temos muitos exemplos. Estádios acanhados, que pulsam com o fanatismo das torcidas. É o caso do Centenário, estádio clássico do Uruguai, país que talvez mais retrate o termo tradição no continente. O Cancha é utilizada pelo Peñarol, um dos maiores vencedores da história da Libertadores. Jogar contra os aurinegros, no Centenário, é um grande desafio. Porém, os estádios estão entrando em nova fase. Das arenas. E na quinta-feira, foi aprovado o projeto do Peñarol para tornar o Centenário em uma página no passado do clube.
Mesmo saudosista, sei que é necessário pensar em comodidade para torcedores, jogadores e imprensa. Também é cada vez mais importante para os clubes tornar os estádios uma fonte de receita alheia aos jogos. E, pelo projeto lançado pelo Peñarol, com previsão de entrega para 2015, a arena que deixará o Centenário de lado, será ESPETACULAR. Confira o vídeo abaixo.