Vicente, Pablo Aimar, Rufete, Angulo, David Villa, Juan Mata, David Silva. Qualquer destes nomes causa uma crise de saudade nos valencianos. O time da terra da paella está longe da potência que já foi. Longe de brigar pelo título espanhol. Anos-luz de uma final da Liga dos Campeões, como foi em 2000 e 2001. Os Che começaram a 22ª rodada do Campeonato Espanhol na décima posição, distante, até, de uma vaga na próxima Liga Europa.
E daí? Hoje, o torcedor do Valencia só quer comemorar. Em pleno Camp Nou, os mestalletas derrubaram o Barcelona. Vitória por 3 a 2 que ignorou a força do atual (até quando) líder da Liga BBVA. Vitória que ignorou um grande tabu. Há 31 jogos (25 vitórias seguidas) o Barça não perdia em casa pela liga nacional. O pomposo recorde não foi sustentado mesmo com a ajuda da arbitragem.
Pérez Montero marcou um absurdo pênalti para o Barcelona quando o jogo estava 2 a 1 para o Valencia. Messi bateu, Diego Alves (melhor pegador de pênaltis na Espanha) quase defendeu e o argentino quebrou um jejum de oito jogos sem marcar por La Liga. La Pulga ganhou o presente após Ricardo Costa colocar o ombro e na mão na bola. Mas a bola pune. Minutos depois, a fraca defesa culé deu espaço e Paco Alcácer liquidou a fatura. Nos outros gols do Valencia, falhas de Victor Valdés e ansiedade na Catalunha pela chegada do alemão Ter Stegen, do Borussia Mönchengladbach.
No Barça, ainda sem o lesionado e tributado Neymar, faltou calibre. Até para Messi. Na melhor chance, já no finalzinho, o argentino participou de uma linda tabela que ainda teve Fábregas e Iniesta e, na cara de Diego Alves, perdeu o gol que mudaria todo este texto. E também a briga pela liderança. Amanhã, Atlético de Madrid e Real Madrid podem ultrapassar os blaugranas. O Atleti, que tem os mesmos 54 pontos do Barça, recebe a perigosa Real Sociedad no Vicente Calderón. Já o Real, com 53 pontos, visita o irresistível Athletic Bilbao. À Catalunha, só lhe resta orar pelo País Basco!