quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Quanto os clubes paulistas gastam com a Federação?

Você tem um clube amador, cansou de disputar campeonatos na várzea e deseja profissionalizá-lo? Ou é um empresário sedento por dinheiro e está disposto a investir pesado, criando um clube de futebol profissional em São Paulo? São situações até mirabolantes, mas nada longe do incomum. Porém, para passar da utopia à prática, o exemplo I, o exemplo II ou seu time de rua terá que desembolsar R$ 800 mil para a Federação Paulista de Futebol (FPF).

Este é o valor anunciado pela entidade em sua tabela atualizada de preços. A lista foi publicada no site oficial e os valores são válidos a partir de 19 de janeiro de 2015. A resolução é assinada pelo presidente Marco Polo del Nero, eleito para mais quatro anos de mandato (apesar de já ter sido eleito presidente da CBF a partir de abril...)

Voltamos aos R$ 800 mil para a filiação de clubes profissionais. O valor é idêntico ao que deverá ser pago para clubes que desejam mudar sua sede, como já fizeram Grêmio Barueri e Guaratinguetá, por exemplo. A taxa poderia ser confundida com o valor pago aos melhores clubes da Série A1, principal competição organizada pela Federação. O Campeonato Paulista de 2015 vai valer R$ 3 milhões ao vencedor. O bônus ao campeão aumentou em relação à última edição, que deu R$ 2,5 milhões ao Ituano. Para o vice-campeão, a recompensa será de R$ 1 milhão, mais do que os R$ 600 mil que o Santos recebeu em 2014.

Mas vamos a mais contas. Todos os clubes da Série A1 precisam pagar R$ 22 mil neste ano para renovar a filiação junto à FPF. Ou seja, são R$ 440 mil certos nos cofres da entidade. Há ainda a cobrança de R$ 4.750,00 para os clubes da A2, R$ 2.950,00 para os da A3 e R$ 1 mil para os da Segunda Divisão. Clubes amadores pagam R$ 250 e ligas amadoras, R$ 350. Somados apenas os quatro campeonatos profissionais, são R$ 614 mil garantidos. A renovação é anual, mas há taxas presas a variáveis. Como por exemplo, o registro e transferência de atletas.

O registro na Série A1, de cada atleta, custa R$ 380 ao bolso de uma agremiação. Vejamos o caso do Palmeiras. Em tese, com 16 reforços, o Verdão pagará R$ 6.080 apenas para registrar suas novas peças. Na A3, por exemplo, o valor é de R$ 200. Já na Segunda Divisão, em que se encontra o Atlético Guaçuano, por exemplo, há isenção até o 25º jogador e a partir do 26º a taxa é de R$ 135,00. O cardápio de preços é extenso e reúne petiscos como o cartão de identificação do atleta (R$ 15,00) e até o valor de cópias de documentos em geral (R$ 4,00).

Porém, há iguarias mais caras, do tipo ostentação. Quer realizar alguma alteração em algum jogo? Pague R$ 2.100,00 se for um clube da Série A1 ou R$ 1 mil na Série A3. Não são muitos os que pedem este item, mas, quem fizer um pedido de abertura de inquérito, queixa ou representação através do Tribunal de Justiça da FPF, gastará R$ 315,00. Já a equipe (seja da A1, A2 ou A3) que pedir licença de um campeonato, deverá desembolsar R$ 20 mil. Há ainda o pagamento por vistorias nos estádios. Um clube da A1 deve pagar R$ 2.650,00, enquanto equipes da A3 e da Segunda Divisão pagam R$ 1 mil.

Confira a lista completa de valores atualizada para 2015, clicando aqui. E tenha uma noção, ao menos superficial, de como é o fluxo de caixa da Federação Paulista de Futebol. 

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