quarta-feira, 25 de março de 2015

Duas caras: Mogi Mirim trocou seis grandes jogos por meia dúzia de tropeços

Antes de falar do Mogi Mirim, preciso falar do campeonato. Ou melhor, do futebol. Fazer previsão neste esporte é andar lado a lado com a chance de errar. Há quatro rodadas, escrevi aqui no Blog que a briga pela segunda vaga no grupo 1 seria entre Mogi Mirim e Ituano. Descartei o Red Bull após os 6 a 1 que o Toro Loko sofreu no Moisés Lucarelli diante do Audax.

Errei. Desde que foi goleado o Red Bull se reergueu, não sofreu gols, venceu duas fora, tirou dois pontos do Corinthians em Itaquera e ganhou no bom Botafogo em um Moisés Lucarelli onde não havia vencido uma vez sequer em casa. Hoje, nem Mogi, nem Ituano e sim o Red Bull estaria no Morumbi para lutar por um lugar na semifinal. 

Edmílson pode ser importante. O técnico Maurício Barbieri pode ter acertado o time. Jocinei está em grande fase. Mas a estrela do Red Bull é o Mogi Mirim. O Sapo oscila com uma regularidade que impressiona.
O Mogi que perdeu para o Linense e saiu do G2 é o mesmo que estreou contra o XV. E não é figura de linguagem. As peças são idênticas. As mudanças no percurso, foram mínimas. Mas a história da equipe no Paulistão possui dois relógios. No giro dos primeiros seis ponteiros, uma campanha elogiável. Quatro vitórias e dois empates. Atuação segura diante do Santos. Muitas jogadas pelos lados. Contra-ataques bem armados. Cinco gols de Magrão.

Quando o relógio completou a última volta, foi o giro do motor que caiu. Após os primeiros ótimos 45 minutos diante do Corinthians, em Itaquera, tudo mudou. O Timão fez 3 a 0. A Ponte Preta e a Portuguesa saíram na frente no Romildo Ferreira e o Sapo teve que buscar dois pontos quando deveria fazer seis. Fora, dominou as etapas iniciais diante de Audax, São Bento e Linense. Mas cansou de perder gols. Magrão parou de marcar. O time parou de fazer. Cansou de não resolver. Cansou. Falta criatividade. Faltam peças para mudar o jogo e o campeonato. Um atacante agudo, que jogue pelos lados, é uma figura que não existe no elenco. Ninguém tem esta característica. nem o agora lesionado Thomas Anderson é veloz.


Assim como em 2014, o Mogi enfrentou o Corinthians na 7ª rodada, não venceu e iniciou uma série negativa. No ano passado ela chegou a oito jogos... 
Com duas caras, o Mogi Mirim trocou seis grandes jogos por meia dúzia de tropeços. Agora, com um truco de jogos, terá que chamar seis pontos. Vencer Marília é uma obrigação que foi multiplicada por seis. E ganhar de um sempre complicado Botafogo, mesmo que, provavelmente classificado em um Romildão que não vê uma derrota há um ano, mas quem não sedia uma vitória mogiana há 36 dias.

Se o Toro perder para o Palmeiras, mas vencer Portuguesa (fora) e Linense (casa), o Mogi só avança se vencer os três jogos. Nem um empate com o Verdão, na capital, resolveria, já que os dois times ficariam com 24 pontos, mas o Red Bull teria uma vitória a mais. Uma vitória que escapou em seis rodadas e que transformou o melhor do interior e favorito à vaga nas quartas contra o mais irregular dos grandes, em um time que, jogo a jogo, perde para a própria ineficiência. 

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