quinta-feira, 21 de maio de 2015

Gerrard, Klopp, Rogério Ceni e a inveja pelo roteiro final de Xavi

2015 é um ano de rompimento de laços. Finais de histórias. Belas. Vitoriosas. Milionários, é verdade. Mas, reitero. Belas! Steven Gerrard anunciou o adeus ao Liverpool após divergências na renovação do contrato. Ciente de que não seria mais titular absoluto, tratou de fechar seu ciclo em alta. Como o capitão que sempre foi. E, para muitos Reds, sempre será. Tão capitão quanto Rogério Ceni. Seu algoz na final do Mundial de Clubes de 2005 parece, após várias renovações, estar convicto de que desta vez sua história no São Paulo chegará ao final.

Não pelos 42 anos. Não pelo seu desempenho. Mais pela própria diretoria, que quer economizar e liderar sem o líder real. Jürgen Klopp também foi um líder. Não jogou. Não passou de uma década com o mesmo escudo. Mas seus frutos são inegáveis. Conduziu o Borussia Dortmund a um nível que não era visto desde o fim da década de 1990. Se hoje os aurinegros voltaram a gozar de respeito na Europa, é por mérito do carismático estrategista. 23 anos de Gerrard em Anfield Road. 25 anos de Rogério Ceni no Morumbi. Sete anos de Klopp junto à Muralha Amarela.

Finais de ciclos é um ciclo da vida. Mas, em 2015, as cordas estão ruindo com uma frequência maior. Atingindo a excelência. O torcedor do Barcelona não vai mais ver Xavi com a mítica armadura 6. A classe de um dos maiores todo-campistas do século XXI vai migrar para o Qatar. Vai garantir as últimas altas cifras perto dos sheiks. Tem cacife para seguir na Catalunha? Sem dúvida. Mas ele sabe que as aparições seriam mais escassas que as já minguadas de 2014/2015. Ainda preferia ver Xavi dono de um meio-campo da MLS, já que quer níqueis. Mas irá curtir o Mundo Árabe. Antes das desventuras no Qatar, ao menos, Xavi terá uma chance que Gerrard, Ceni e Klopp, por incompetência de seus adjuntos, não tiveram.

Como o Liverpool não tem Messi, o São Paulo não tem Luís Suárez e o Dortmund não tem Neymar, é Xavi quem poderá erguer taças antes do adeus. Já faturou o 23º título pela Barça: La Liga. Poderá ganhar o 24º: a Copa do Rei. E, no dia 6 de junho, em seu último jogo com a camisa que o transformou em um mito, poderá ganhar o 25º: a Liga dos Campeões. Buffon, em busca de sua primeira em sua possível última chance, que me perdoe. Mas o cenário é perfeito para a despedida de Xavi. Um adeus que Gerrard, Ceni e Klopp com certeza assinariam. E invejariam...

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