Mas passado é passado. Araújo chegou e em tese parece ser um acerto. Possui currículo vitorioso e um perfil didático de treinar. O primeiro ponto é simples de sacar, basta ver os títulos estaduais e os sete acessos na carreira. Vale lembrar que há uma Série-C no segundo semestre. O segundo ponto necessita de convício diário. Não tenho condições de acompanhar os treinos todos os dias, mas o trabalho que vi já me deu a impressão de ser um destes treinadores meticulosos.
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Na quarta-feira, Araújo fez um trabalho não muito habitual na bola. Dividiu o campo em duas atividades. De um lado, reservas, não relacionados e não inscritos treinaram conclusões e outros fundamentos com o auxiliar Hélio Pinheiro e o preparador físico Pedro Henrique. O treinador ficou do outro lado e orientou um trabalho tático-técnico. Com colete, laterais, volantes, meias e atacantes avançavam sobre os zagueiros opostos. A ideia era aperfeiçoar as dobradinhas entre Bruno Teles e Keké pela esquerda e Jean Deretti e Wendel pela direita. Ambos tinham a obrigação de fazer a passagem, chegar à linha de fundo é só aí cruzar na área. Em alguns casos, mandava começar tudo de novo. Em outros, esta mesma linha ofensiva era obrigada a marcar em ‘pressão alta’. Os volantes Josa e Gabriel Dias abasteciam as laterais, Lulinha circulava entre as linhas e municiava os pontas e o centroavante Roni. Mas e os zagueiros? Saimon e Bruno Costa, potenciais titulares, estavam do lado oposto, sendo pressionados pelos companheiros titulares, assim como o goleiro Daniel.
O treino mostrou que Araújo quer na prática algo que ele já falou em sua primeira entrevista como técnico do Mogi. “Sou ofensivo. Meus times tem que ter transição rápida e marcação em pressão alta”. A cada erro ou acerto, uma palavra de ordem, motivação ou correção. Didático. Pode não haver tempo para trabalhar. Os resultados podem não aparecer. Esta teoria pode ser eclodida quando a prática castigar. Mas, a primeira impressão, foi das melhores.
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