Alberto Valentin comandará o Palmeiras no clássico deste domingo (13). O termo interino será empregado por inúmeros jornalistas para sublinhar o substituto imediato de Marcelo Oliveira. Que já foi o interino pós-Kleina, Gareca e Osvaldo de Oliveira. O adversário será o São Paulo em um clássico de história pujante e de presente mirrado. São Paulo e Palmeiras devem lançar mão de times alternativos, reservas ou quaisquer outras expressões para adjetivar a preocupação de ambos com a Copa Libertadores da América.
Mais do que vencer ou convencer, os protagonistas do Choque-Rei precisam acabar com este futebol interino. Esta falta de personalidade, de uma cara, de perfil. Ou é bom ou não é. Ou briga por taça ou briga por lata. Nada. Nada e morre na praia?! O Palmeiras montou um elenco que diz ser um dos melhores do país. Há qualidade, é verdade. Mas é um distúrbio de posições. Sobram bons volantes, falta um, só um bom armador. Cleiton Xavier não conta, só faz de conta desde que voltou à Barra Funda. Do outro lado do muro o São Paulo até tem seu 10, que hora parece ser efetivo, hora volta a ser interino.
Não basta preencher espaço, tem que dominar. O São Paulo fez sua única partida perto de convencer em Buenos Aires. Empatou com o River Plate, atual campeão da América e deixou o Monumental com uma monumental atuação de Ganso e reclamações que até alguns Millionarios devem concordar. Mas é pouco. O São Paulo titular ou reserva precisa ser São Paulo. “Uh, lo que hizo” não pode ser apenas a locução para um lance. Um lampejo. É preciso brilhar o ano todo e para isso é necessário pulsar o jogo todo. Todos os jogos.
O Palmeiras precisava renovar o vestiário. Marcelo Oliveira perdeu a mão, os jogadores não acertam o pé e a calmaria do título da Copa do Brasil já é inútil pelos lados de Palestra Itália. De volta à formatação do elenco, tanto quanto Oliveira, Nobre e Mattos merecem levar mais culpa do que aplausos. Não adianta gastar dinheiro com as melhores farinhas e os melhores ovos se não há fermento para crescer ou margarina para untar os setores. Valetim, Cuca, Mourinho ou Oz. Não há magia no futebol. O simples é que vira campeão. O forte de convicções é que se sobressai.
São Paulo e Palmeiras precisam acabar com o futebol interino e assumir o papel de protagonistas. Pode ser a partir de uma vitória de reservas no Pacaembu. Ou de triunfos sequentes, na Venezuela ou no Uruguai. O passo a ser dado é rumo a um padrão que se mantenha até o final do ano. Seja para os titulares, mistos ou reservas. Caso contrário, Buaza repetirá Oliveira, o sucessor de Oliveira repetirá Bauza. Os bancos serão reservas para os passageiros que insistirem em um futebol provisório.
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