Caso as negociações sejam sacramentadas, Rivaldo renunciará e, conforme indica o edital de convocação publicado na quarta-feira, 8, haverá uma eleição para determinar que será os novos presidente e vice-presidente do Mogi Mirim. Por consequência, a esposa de Rivaldo, Eliza Kaminski Ferreira, também renunciará ao cargo de vice-presidente. Rivaldo é presidente do Mogi Mirim desde 2008, quando uma assembleia o conduziu ao cargo. O jogador substituiu Marcos Velo Barros, o Marquinhos, filho de Wilson Fernandes de Barros, ex-presidente do clube, falecido em 2008. Em 2013, ocorreu a última eleição, que, mais uma vez, manteve Rivaldo como dirigente máximo do clube. O mandato teve início em 1º de janeiro de 2014 e se encerrará em 31 de dezembro de 2015. O prazo é exatamente o destinado aos eventuais futuros mandatários do clube. Segundo o edital, o mandato dos novos presidente e vice serão cumpridos até o último dia deste ano.
EMPRESÁRIO É UM DOS COTADOS PARA O CARGO

O principal interlocutor é Luís Henrique Oliveira, que surge como um dos favoritos para assumir a função de presidente, caso a negociação seja concretizada e a renúncia de Rivaldo seja anunciada durante a assembleia. O empresário é o gestor da Big Investimentos, empresa luso-brasileira que já atua no futebol. Em 2014, ela firmou parceria com o Duque de Caxias, clube do Rio de Janeiro e Oliveira atuou como seu representante dentro do Tricolor da Baixada. Nos últimos dias, Oliveira tem tido participação ativa no futebol mogimiriano. Na terça-feira, 7, por exemplo, ele acompanhou das cadeiras cativas do estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (Romildão) a vitória do Mogi por 2 a 1 sobre o Náutico. Acompanhado de quatro pessoas, Oliveira também esteve no vestiário após a partida. O local, inclusive, tem sido muito freqüentado pelo empresário.
Na terça-feira, 30, ele acompanhou a apresentação do técnico Sérgio Guedes perante ao elenco vermelho. Oliveira, também foi um dos responsáveis por comunicar a Aílton Silva a sua saída do comando técnico, na segunda-feira, 29, um dia antes da apresentação de Guedes. Ele também conversou com Wagner, Vitinho e Magrão a respeito da decisão de afastá-los do elenco. A atuação de Oliveira junto ao elenco é estreita e há quem acredite que ele possa não apenas assumir a função de gerente de futebol, mas sim ser o futuro mandatário do Mogi Mirim.
Na administração, a boa relação já resultou na chegada de atletas vinculados à Big Investimentos ao Mogi. O volante Henrique Motta e os atacantes Bruno Veiga e Matheus Ortigoza são gerenciados pela empresa de Oliveira. Bruno Arrabal, que deixou o clube sem estrear, há duas semanas, também pertence à empresa, que possui inúmeros atletas espalhados pelo país. Cheguei a ligar para Oliveira, mas ele não atendeu os telefonemas. Outros nomes cotados foram do empresário mogimiriano, Ivan Botelho Júnior e do ex-vice-presidente da Portuguesa, Luiz Iaúca. Botelho descartou veementemente qualquer possibilidade e afirmou desconhecer a origem da informação. Já Iaúca não foi encontrado. O nome do ex-dirigente da Lusa foi levantado pelo jornal O Estado de São Paulo. Especulado, Iaúca manteve estreita amizade com Wilson Fernandes de Barros no período em que ambos administravam seus respectivos clubes.
Renúncias de outros membros serão oficializadas na quarta
A Assembleia Geral Extraordinária será na quarta-feira, 15. Ela será instalada em primeira convocação, às 18h30, com a presença de no mínimo 50% dos associados. Caso haja necessidade, haverá uma segunda convocação, às 19h00, desta vez, podendo ser aberta com qualquer número de sócios. Além da iminente troca no comando do clube, o trecho do edital publicado na quarta-feira, 8, trata, entre outros assuntos, da renúncia de membros dos conselhos Fiscal e Delibertativo e da Diretoria Executiva. Entre eles estarão Leryem Marcelo Garcia e Lady Kelly, que ocupavam, respectivamente, os cargos de primeiro e segundo tesoureiro.
Eles iniciaram a participação no clube em abril de 2014, quando uma Assembleia Geral Extraordinária foi realizada após a renúncia de Wilson Bonetti da função de vice-presidente. Na ocasião, praticamente todo o organograma da diretoria foi refeito. De acordo com pessoas ligadas ao clube, há outros membros já afastados de seus cargos e a recomposição é necessária para o cumprimento do estatuto do clube.
O edital ainda explica que a assembleia convocada para quarta-feira terá a eleição de membros do Conselho Fiscal (titulares e suplentes) e Deliberativo, para cumprimento do mandato até 31 de dezembro de 2015. Também haverá deliberações sobre a conferência o título de sócio benemérito a Rivaldo, contratos de interesse do clube e aprovação das contas do Mogi Mirim.
Rivaldo adota cautela sobre futuro
Enquanto as especulações sobre o futuro do Mogi Mirim ganham inúmeras versões, Rivaldo não se pronunciou sobre o assunto. Primeiro que o dirigente não quer se precipitar e repetir o que ocorreu em 2013, quando sua saída foi anunciada, mas desfeita. O advogado Bettelen Dante Ferreira, responsável pelos assuntos jurídicos do Mogi Mirim, afirmou que o clube e Rivaldo não falarão absolutamente nada sobre a assembleia de quarta-feira, 15. Porém, há a intenção de, na quinta-feira, 16, convocar a imprensa e, seja qual for o rumo tomado no dia anterior, explicar as atitudes tomadas.
Sem tocar nos temas administrativos, Rivaldo apenas garantiu na terça-feira, 7, que cumprirá o contrato e jogará pelo Mogi Mirim até o final da Série-B. Um dos motivos para a cautela é justamente o fato de nenhum documento ter sido assinado. Para não gerar nenhuma frustração na negociação que transita desde maio, o assunto é refutado pela diretoria. Vale lembrar que em 2013, o empresário Hélio Athayde Vasone Júnior assumiu a presidência do Mogi Mirim. Parceiro de Rivaldo desde 2011, o paulistano confirmou a posse no dia 15 de janeiro, em evento promovido no Bristol Zaniboni Hotel. Porém, 19 dias depois, no dia 3 de fevereiro, as partes confirmaram uma reviravolta e o retorno de Rivaldo à presidência.
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