Não sei de onde Ney Franco tirou que Roni é meia armador. No primeiro discurso do ex-técnico sobre Roni imaginei que Ney mau sabia se ele estava chegando do Mogi, Barbarense ou XV. Ney disse que o atacante seria o reserva de Ganso e Jadson, mas nunca vi Roni atuar centralizado. Roni sempre foi o cérebro do Mogi, mas ao seu modo, caindo pela esquerda, com velocidade e de forma insinuosa, dava trabalho às defesas. Roni também surgia vez ou outra no comando do ataque e com oportunismo fez oito gols no Paulistão. Três destes gols, aliás, contra os grandes Palmeiras e Santos.
Para piorar Roni pegou um São Paulo em crise e ainda se tornou ao lado de Caramelo e Silvinho (ex-Penapolense), alvos de uma torcida raivosa por ver os rivais se reforçando com destaques da Europa e o São Paulo com revelações do estadual. Como se o Raí tivesse surgido no Barcelona antes de desembarcar no Morumbi. E antes que achem que sou advogado de Roni, faltou ao atacante se impor.
Não posso ser leviano em dizer que ele não expos aos seus treinadores seu gosto, sua posição preferida, mas pela falta de oportunidades em um time com Ademílson e Lucas Evangelista, é perceptível que Roni não esbravejou nos treinos para ser no São Paulo o que foi no Mogi. A chance agora será no Goiás, organizado e bem azeitado por Enderson Moreira e ao lado de Walter, El Gordito, Roni poderá finalmente confirmar sua previsão confidenciada a mim em reportagem a O Impacto. "Este será o meu ano". A torcida do Goiás irá agradecer.
PS.: Roni será apresentado nesta quinta, 29, e assinou contrato até o fim de 2013.
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