terça-feira, 17 de setembro de 2013

São Paulo desafia maldição das festas contra o Galo

Não há clube no mundo que não seja chegado em uma festa. Celebrar números, marcas, relembrar feitos e ídolos históricos. Porém, parece que uma áurea nebulosa cobre os jogos e até os anos festivos. São raros os casos de sucesso, por exemplo, em anos de centenário. O Vasco da Gama, campeão da Libertadores em 1998, talvez seja uma das raras exceções no futebol brasileiro.

Neste ano, quem desafia esta maldição com terrível aproveitamento é o São Paulo e nesta quarta-feira, 18, os feitos são em dose tripla. Contra o Atlético-MG às 21h50 o Tricolor poderá ver Muricy Ramalho chegar à vitória 200 no comando do clube. Já Luís Fabiano, o maior fazedor de gols em Brasileiros no Morumbi pode alcançar o gol de número 100 no estádio com a camisa são paulina. Marca certa será conquistada apenas por Rogério Ceni. Quando a bola começar a rolar na relva o capitão completará seu 1.100º jogo defendendo as cores do clube.

São marcas que, claro, merecem placas, festas e gritos ainda mais efusivos das arquibancadas. O problema é que a atual posição do clube na tabela inspira cuidados. Fora da zona de rebaixamento após 12 rodadas, o São Paulo pode subir para o 11º lugar como também cair para o antepenúltimo. Para aumentar a atenção a bateria anti-festa do São Paulo, em 2013, as festa e São Paulo não combinam.

A primeira homenagem foi à instalação de arquibancadas vermelhas em todo o Morumbi. O Conselho Deliberativo liberou uma exceção ao estatuto, liberou o uso de uma camisa de gosto duvidoso e o Tricolor foi, cheio de pompa e jorrando vermelho-sangue desafiar o Penapolense. Festa armada, péssima exibição e vitória magra contra o CAP após um gol contra.

Já pelo Brasileirão a atuação ruim foi concluída com derrotas. Cinco derrotas. Primeiro foi no aguardado gol 1000 em Brasileiros no Morumbi. Contra Goiás e Santos derrotas por 0 a 1 e 0 a 2 e nada do milésimo tento. Já contra o Bahia Aloísio alcançou a marca milenar, mas os baianos venceram por 2 a 1 e instalaram de vez a crise no clube.

Há duas semanas outro festa foi alusiva à Leônidas da Silva. A justa homenagem ao diamante que elevou o São Paulo ao nível de grande no estado começou com placas e o uso de uma (agora sim) bela camisa comemorativa, porém, terminou com a derrota por 2 a 1 para o Criciúma. No jogo seguinte, longe do Morumbi, foi a vez do Coritiba manchar o uniforme retro e decretar o fim da segunda Era Paulo Autuori no São Paulo.

Após mais uma festa terminar em clima de velório chegou Muricy, e com o homem do bordão “Aqui é trabalho, meu filho”, o torcedor quer três pontos, lembrança do recorde de Muricy apenas na coletiva e, pouco importa se sairá o centésimo de Fabuloso no Morumbi ou o primeiro de Welliton. A vitória é imprescindível contra o Galo!

RÁPIDAS


# O goleiro Rogério Ceni parece marcado para atingir marcas imponentes contra mineiros. Em 2005, pelo Campeonato Brasileiro, chegou ao jogo de número 618 contra o Galo e se tornou o jogador com mais jogos com a camisa do São Paulo na história. No ano seguinte, contra o Cruzeiro, marcou duas vezes no Mineirão e se transformou no maior goleiro artilheiro da história do futebol mundial.

# Já em 2011, duas marcas contra o Galo. Primeiro, em junho, chegou a 100 jogos consecutivos na meta são paulina. Já em setembro, no dia em que completou 21 anos de São Paulo, chegou ao jogo de número 1000 com pelo Tricolor na vitória de 2 a 1 sobre o Atlético.

# Para a partida o São Paulo terá o retorno do volante Denílson, que cumpriu suspensão diante do Vasco da Gama. O zagueiro Rafael Tolói, que recebeu o terceiro amarelo contra o cruzmaltino, está fora. NO Galo apenas o zagueiro/volante Gilberto Silva e o lateral Carlos César, lesionados, desfalcam o time treinado por Cuca.

# Neste ano São Paulo e Atlético-MG se enfrentaram cinco vezes. Pela Libertadores foram dois confrontos na fase de grupos (com uma vitória para cada lado) e nas oitavas de final dois triunfos do Galo (que causou o estopim da longa crise no São Paulo). Já pelo Brasileirão, no primeiro turno, alvinegros e tricolores empataram em 0 a 0 no Independência.
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