Pivô. Centroavante. Pedreiro. Referência. Matador. O Dicionário do Futebol adjetivou de inúmeras maneiras a função do mais extremo dos jogadores. Lá na frente, com a missão de derrubar o rival, está o atacante que costuma, por vezes carregar nas costas da peita o número 9. O clássico Evair, o letal Careca, o caneludo Washington.
São muitos os exemplares de centroavantes produzidos no Brasil. No Mogi Mirim, o técnico Aílton Silva tem três opções. Fernando Baiano, Magrão e Rivaldo Junior. O trio integra o elenco para saciar a preferência do treinador por um esquema com dois pontas e uma referência. O problema é que após cinco rodadas, o esquema só pode ser colocado em prática duas vezes. Em um dos três jogos sem a referência, o presidente Rivaldo vestiu a 10 e improvisou no setor. Mas, o próprio Rivaldo, garante que não é e nunca foi, um 9.
Na estreia, contra o Comercial, Magrão jogou e se machucou. Ele segue fora dos próximos jogos e tem mínimas chances de enfrentar Corinthians ou Botafogo. Na rodada passada, contra o Penapolense, Rivaldo Junior foi o 9. Aílton segurou o garoto e garante ter lançado o artilheiro do sub20 na hora certa. Rivaldo Junior se movimentou, lançou, perdeu e fez gol.
A atuação agradou tanto a Aílton Silva, que Juninho é o favorito para integrar os 11 iniciais contra o Audax. Na quinta-feira, 6, às 21h00, o Sapo enfrenta o time de Osasco, no Romildão. Como já virou tradição, Aílton Silva escondeu a escalação do Mogi. Ele vai comandar um treino nesta quarta-feira à tarde e após decisões táticas, técnicas e físicas, escalará a equipe para pegar o Audax.
Longe do camisa 9, os zagueiros podem entrar em um rodízio. Descartando o 3-5-2, o treinador afirmou que Mirita ficou fora contra o Penapolense pelo desgaste. Fábio Sanches e até Wagner surgem como opções e até o capitão Álvaro pode entrar na roda. No meio-campo, o descansado Elanardo está de volta. Já Olberdam, que deixou o Tenente Carriço estenuado, pode ficar fora. Everton Heleno integra a lista de mistério do treinador, que quer maior pode de marcação do volante.
Ah, claro. E o camisa 9. Rivaldo Junior ainda tem a concorrência de Fernando Baiano. O experiente atacante está inscrito na CBF e na FPF, mas depende de uma certificado de transferência internacional para estrear. Como o documento precisa ser enviado pela Federação Saudita de Futebol, através do Al Ittihad, seu último clube, a presença de Baiano é uma incógnita maior que as prévias de Aílton Silva.
Enquanto os papéis do veterano não chegam, o papel, de ser a referência no ataque vai sendo assumido pelo menino Rivaldo. “E eu não descarto atuar com o Fernando Baiano e o Rivaldo Junior. Juntos”, falou Aílton Silva. Para confundir ainda mais a minha cabeça...
FOTO: Silveira Jr. / Jornal O Impacto