Essa me parece a melhor forma para definir a vitória do Sapo na estreia do Paulistão. Nenhum jogador fez uma partida exuberante. Em contrapartida, ninguém fez um jogo ruim a ponto de comprometer a equipe. Fica até difícil dizer quem foi o melhor em campo. Certo é que, principalmente no sistema defensivo, prevaleceu o entrosamento, já que cinco dos sete jogadores que o compuseram são remanescentes do estadual do ano passado e bem se conhecem.
O Mogi utilizou e bem a receita básica de todo time que quer ser competitivo quando joga fora de casa. Aguentou a pressão inicial do time de Piracicaba jogando praticamente todo atrás da linha da bola. Mas, quando conseguiu encaixar suas jogadas de ataque, não o fez na base da ligação direta. Preferiu manter a posse de bola e tentar ditar o rItmo do jogo. Conseguiu fazer isso durante mais da metade do confronto. A beira do campo, Claudinho Batista pedia insistentemente para o time manter a bola no pé, o que é um alento para quem quer ver o Sapo crescendo de rendimento ao longo do ano que terá, no mínimo, 53 duelos.
O elenco vermelhinho é operário, sem grandes estrelas. Mas, desde a montagem do grupo a expectativa era de que a dupla de ataque formada por Geovane e Magrão pudesse ser um diferencial. Ainda é cedo para dizer se eles vão poder entregar o esperado a torcida. Porém, o início foi promissor. Com Geovane fazendo o gol da vitória, chamando a responsabilidade do último passe e até voltando para compor o sistema de marcação, coisa que ele nunca gostou de fazer. Com Magrão dando duas ótimas cabeçadas para exigir defesas do goleiro adversário e fazendo bem o trabalho sujo de segurar e incomodar os zagueiros do Nhô Quim.
Deu para "pescar" também algumas novidades táticas utilizadas por Claudinho que podem ser importantes na sequência. Everton Heleno, talvez pela carência de volantes no elenco, deve ser utilizado numa posição mais recuada em comparação a Série C. Isso pode dar ao Mogi melhor qualidade e fluidez na saída de bola, ainda que diminua a possibilidade de Heleno desequilibrar ofensivamente os confrontos, como fez no início da Terceirona. Também no segundo tempo, o Sapo chegou a ter três atacantes, com a entrada de Thomas Anderson e um ligeiro recuo de Geovane. Boa impressão também deixou o volante Hygor em sua estreia, pelo posicionamento e tranquilidade. Boas novas para um a ano que certamente será duríssimo até o fim de novembro.
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