quarta-feira, 11 de março de 2015

No duelo dos bilionários, o Chelsea pagou o preço do pragmatismo de Mourinho



Já são quatro os integrantes das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Real Madrid, Porto e Bayern de Munique. Cada um escreveu seu script, mas a história terminou com o favoritismo sendo cumprido. Já no confronto entre PSG e Chelsea, a balança tinha o peso mais parelho, mas pendia para o lado inglês. 


Como muitos já sabem, a vaga terminou com o PSG, mas esteve muito perto do Chelsea. O leve favoritismo cresceu com o empate em 1 a 1 na França. O gol marcado fora na ida deu aos Blues a vantagem de empatar em 0 a 0 no Stamford Bridge. E foi aí que os londrinos pagaram um alto preço.


José Mourinho é um técnico acima da média. Tem títulos que tornam incontestáveis as teses de que ele está entre os melhores do mundo. Porém, nos últimos anos, tem buscado cada vez mais os resultados. Este pragmatismo, talvez culpa dos bailes que tomou na Espanha nos tempos em que seu Real jogava bem, mas perdia para o Barcelona e caia na Champions League, derrubou o Chelsea pela segunda vez na competição continental.

Na noite desta quarta (11), os Blues tiveram o jogo na mão. Jogavam com vantagem, em casa e teve o melhor jogador do adversário expulso na metade do primeiro tempo. Mesmo neste cenário, parecia que o PSG tinha um homem a mais. Mesmo sem se esforçar, o Chelsea saiu na frente na etapa final. Gol de Cahill, ao melhor estilo burocracia resolvida pelos zagueiros. Se não é Cahill, é Terry, se não é Terry, lá está Ivanovic. O problema é que do outro lado tinha o coração do PSG. Uma luta contagiante de um time que esteve durante toda a eliminatória em condições inferiores.

David Luiz empatou o jogo e extravazou. A angústia dos parisienses foi externada na comemoração, que levou o confronto para a prorrogação. O Chelsea logo retomou a vantagem, com Hazard, de pênalti (outra arma letal dos Blues). O PSG se entregou. Faltava perna, sobrava coração. Com o Chelsea apenas mastigando o jogo, praticando o anti-jogo, especialidade de Diego Costa, o tempo correu até que Thiago Silva surgiu como herói. Vilão ao ser uma criança e meter a mão no pênalti anotado para os Blues, o zagueiro subiu no 18º andar e mandou de cabeça, no alto. A bola venceu Courtois, goleiro que, segundos antes, havia feito um milagre à la Gordon Banks.



O PSG empatou. Um empate que valeu como vitória, pelos dois gols fora contra um sofrido em Paris. O Chelsea, sem perder, deu adeus à competição. Frustração idêntica à da derrota nas quartas de final de 2013/2014, quando o Atlético de Madrid abateu a burocracia dos comandados de Mourinho. O português, que já criticou a torcida do Chelsea por não esquentar o clima no Stamford Bridge, precisa agora ferver taticamente o seu frio e, mais uma vez eliminado, Chelsea.

NA ALEMANHAKucher foi expulso a 2min30seg, recorde na história da Liga dos Campeões e com 10 x 11, o Shakhtar foi presa fácil na Allianz Arena. Vitória do Bayern, que mais uma vez enfiou 7 a 0 em um rival nas oitavas, como fizera com o Basel, em 2011/2012. Classificação óbvia, ainda mais após a mãozinha da arbitragem...

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