O período foi suficiente para Cecílio encerrar a pré-temporada e reduzir o prejuízo pelo atraso da diretoria na montagem do elenco. Os quatro nomes mais destacados neste período foram os zagueiros Saimon e Renato Santos e os meias Lulinha e Emerson Santos. Todos estão regularizados. Dois deles, Renato e Lulinha, já até ficaram no banco contra a Ferroviária. Porém, estarão em condição de jogo apenas diante do Nhô Quim. O treinador até entregou que Renato Santos e Lulinha têm altas chances de começarem o jogo.
O que ele fez questão de esconder foi a escalação completa e principalmente a formação tática. O treinador garantiu que não é preciosismo ou tática de guerra. Ele mesmo fechou a quinta-feira com dúvidas, já que a atuação do XV no empate em 0 a 0 com o Água Santa seria um dos fatores que implicariam na opção para domingo. De fato, este foi o primeiro jogo do XV em que algumas conclusões poderiam ser tiradas. A derrota por 1 a 0 para o Corinthians ocorreu em jogo atípico. O time menor quase sempre muda suas características ao visitar um grande. O XV se acostumou a jogar com três volantes, já que Henrique Santos mais marca que apoia. Aloísio, meia que passou pelo Mogi, funcionou nos dois jogos como bússola. A defesa é firme, sofreu apenas aquele gol de Romero, na sorte. Já o ataque ainda não marcou gols, fato que deve pesar nas escolhas de Cecílio.
O treinador não quis confirmar e nem descartar a utilização do 3-5-2 na próxima partida. Como ‘ganhou’ Renato Santos, pode optar por atuar com defensor centralizado, Gabriel Dias pela direita e Bruno Costa na esquerda. As laterais ganhariam com a descida ousada pela direita de Alex Reinaldo (que atuou quase como ponta diante da Ferrinha) e a descida ‘na boa’ de Bruno Teles, pela esquerda. No meio-campo, as dúvidas principais. Josa ou Wendel? Usar os dois, com um esquema com três zagueiros é ser ortodoxo demais. Bruninho ou Lorenzi poderiam formar dupla com um dos dois cães-de-guarda. Gustavo é minha opção para a armação, empurrando Lulinha para o ataque, ao lado de Roni. Não acho Ortigoza ‘grosso’, como a grande parte da torcida. O atacante é esforçado e eu até conversaria com ele sobre um recuo, uma atuação próxima até da contensão. Porém, no elenco, o melhor ‘empurrador de bola’ é Roni, que deu uma bela afinada nestes nove dias de intervalo.
Caso a opção seja pelo 4-4-2 tradicional, Renato Santos herdaria a vaga de Gabriel Dias. Josa e Wendel, aí sim, poderiam atuar juntos na ‘volância’, com Lulinha e Gustavo na armação. Gostei de ver Gustavo aberto mais pela direita, o que tornaria viável a entrada de Ruster ou Léo Artur (ainda não me convenceu) pela direita para formar dupla com Roni. Outra alternativa é o 4-2-3-1. Neste caso, o meio-campo defenderia com cinco homens e atacaria com três. O ‘1’ lá na frente pode ser Roni, que seria municiado por Gustavo (pela direita), Jean Deretti (pelo meio) e Lulinha (centralizado).
Reparem que minhas sugestões possuem maiores mudanças do meio-campo para frente. É justamente por ali que Toninho Cecílio sente falta de mais peças. O treinador não quis falar especificamente das posições, mas, quer fechar a lista de 28 nomes com três atletas para esta faixa do campo. Aposto que uma vaga é para um atacante velocista e outra para um centroavante. Cecílio lamentou o não acerto com Bruno Mineiro, que convive com uma grave doença em sua família. Ainda longe de um acordo com novos nomes, o Mogi trabalha hoje com as alternativas que tem em mãos. Como disse Toninho ao pedir paciência ao torcedor, “este time vai dar liga”. Ainda aposto nisto. Mas, para aqueles que ainda querem ver três bons nomes para aumentar esta variante tática e técnica, eis a data limite: 26 de fevereiro. Este é o prazo final para a inscrição de atletas para a primeira fase do Paulistão...
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