Sofrer gol nos últimos minutos de um lance é uma frustração inexplicável. Torcedores, dirigentes, jogadores, membros da comissão técnica. Todos sofrem. O problema é maior para quem está ali dentro, com a responsabilidade de pisar no luto logo após a tragédia. Leicester e Napoli vivem este momento em duas ligas importantes da Europa. No sábado, os napolitanos foram superiores à Juventus em Turim, mas, castigados com um gol nos minutos finais.
O gol de Zaza foi cruel com os partenopeis. Alexsandro brigou no alto e ganhou bola difícil da zaga. Zaza pegou o rebote e chutou forte, Reina estava no lance, mas, o desvio no caminho, mudou o endereço e a liderança. A Juve pela primeira vez está no topo da Serie A e aumentou o embalo para 15 vitórias seguidas. O Napoli, agora em segundo lugar, um ponto atrás da rival, precisa juntar os cacos e manter o ritmo que o colocou como um dos favoritos ao título. Uma taça que não vem desde 1989, o que só aumenta a pressão sobre os napolitanos.
A situação também não é fácil em Leicester. Apesar de seguirem no topo, o revés diante do Arsenal é daqueles que costumam deixar feridas profundas. Os Foxes saíram na frente em um pênalti polêmico cobrado por Vardy e foram para os vestiários do Emirates Stadium com oito pontos de vantagem sobre os Gunners. O drama da sensação da Inglaterra começou aos sete da etapa final, com a expulsão de Simpson. Walcott empatou aos 25 e o jogo virou um massacre. O Arsenal alçava a bola na área do Leicester a todo minuto e Schmeichel, em tarde inspirada, segurou os londrinos até aos 49 minutos. Wasilewski cometeu falta estúpida na entrada da área; Özil cobrou e Welbeck, que há seis meses não atuava, marcou o gol da vitória do Arsenal. A diferença que chegou a oito pontos por 40 minutos caiu para dois. O Tottenham, que venceu o City, fora de casa, também está a dois pontos. E Leicester precisará provar que realmente tem espírito de campeão ao superar um trauma tão grande quanto o fantasma de um gol nos acréscimos...
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