Analisar friamente a passagem de Toninho Cecílio pelo Mogi Mirim gera uma automática impressão de fiasco. Não é para menos. Foram 14 jogos, com duas vitórias, dois empates e 10 derrotas. DEZ! Metade delas herdadas de uma Série-B pífia, em um momento em que o clube dispensara peças experientes, apostava em jovens e já estava degolado. A outra metade ocorreu em 2016, com o elenco montado à sua maneira. A queda diante do Audax foi a mais letal, o revés para o São Paulo a mais impotente e a que culminou em demissão foi a insossa partida contra o Botafogo. Ferroviária e Santos foram derrotas doloridas, como sempre, mas habituais.
O aproveitamento de Toninho Cecílio no Mogi foi de 19,40% dos pontos. De volta à frieza dos números, entre 2009 e 2016, apenas um técnico efetivo teve aproveitamento inferior. Edinho, no ano passado, caiu após dois empates, duas derrotas e apenas 16,66% de aproveitamento. Os interinos Lélis (4,76%) e Luiz Simplício (16,66%) também estiveram abaixo do percentual. A demissão de Toninho também mostra como o Mogi se transformou em um moedor de treinadores. Entre 2011 e 2014 o Mogi Mirim teve apenas seis treinadores. Antônio Carlos, (7 jogos), Guto Ferreira (47), Dado Cavalcanti (21), Ailton Silva (29), Márcio Goiano (10) e Claudinho Batista (31).
Já entre abril de 2015 e março de 2016 foram outros seis! Claudinho caiu no Paulistão, Edinho, Ailton Silva, Sérgio Guedes e Márcio Goiano não resistiram à homicida Série-B. Toninho Cecílio foi a nova vítima e Flávio Araújo é o próximo desafiante. Destes seis treinadores, quatro foram escolhidos por Luiz Oliveira... Guedes chegou ainda na ‘Era Rivaldo’, mas, já com o aval de Oliveira e seus antigos parceiros. Aliás, antes de fechar com Guedes, o Mogi cogitou trazer... Flávio Araújo. Bem no River-PI, o técnico recusou o convite. O treinador ainda foi cogitado em 2012, logo após a saída de Guto Ferreira. À época haviam três favoritos: Lisca (hoje no Ceará), Araújo e Dado Cavalcanti (à época no Luverdense e que escolhido pela diretoria). Araújo foi indicado por Dadi Gonçalves, empresário que possui bom trânsito no Sapo naquele período. O técnico disse em entrevista que contato oficial só aconteceu em 2015.
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