sexta-feira, 11 de março de 2016

Os números de Toninho e a guilhotina afiada do Mogi Mirim

Entre 2009 e 2011 o Mogi Mirim fez campanhas de regulares para ruins no Campeonato Paulista. Foi um período que marcou a volta do Sapo à elite estadual após duas temporadas na Série A2. Entre 2012 e 2015 a situação foi diferente. Houve conforto na maior parte do período, sendo que em 2013 a equipe fechou a primeira fase com a segunda melhor campanha. Há dois anos o Sapo até flertou com o descenso, mas o desespero cresceu mais na reta final e o fantasma foi exorcizado com certa tranquilidade. Em 2016 o tema é debatido desde a pré-temporada, com a briga política que rachou o clube e o atraso na montagem do elenco. Toninho Cecílio, o técnico que conviveu com esta crise e contribuiu com boa parte das contratações (palavras do próprio presidente) foi demitido. A aposta agora é em Flávio Araújo, treinador que inicia sua trajetória neste domingo (13) diante do Oeste.

Analisar friamente a passagem de Toninho Cecílio pelo Mogi Mirim gera uma automática impressão de fiasco. Não é para menos. Foram 14 jogos, com duas vitórias, dois empates e 10 derrotas. DEZ! Metade delas herdadas de uma Série-B pífia, em um momento em que o clube dispensara peças experientes, apostava em jovens e já estava degolado. A outra metade ocorreu em 2016, com o elenco montado à sua maneira. A queda diante do Audax foi a mais letal, o revés para o São Paulo a mais impotente e a que culminou em demissão foi a insossa partida contra o Botafogo. Ferroviária e Santos foram derrotas doloridas, como sempre, mas habituais.

O aproveitamento de Toninho Cecílio no Mogi foi de 19,40% dos pontos. De volta à frieza dos números, entre 2009 e 2016, apenas um técnico efetivo teve aproveitamento inferior. Edinho, no ano passado, caiu após dois empates, duas derrotas e apenas 16,66% de aproveitamento. Os interinos Lélis (4,76%) e Luiz Simplício (16,66%) também estiveram abaixo do percentual. A demissão de Toninho também mostra como o Mogi se transformou em um moedor de treinadores. Entre 2011 e 2014 o Mogi Mirim teve apenas seis treinadores. Antônio Carlos, (7 jogos), Guto Ferreira (47), Dado Cavalcanti (21), Ailton Silva (29), Márcio Goiano (10) e Claudinho Batista (31).

Já entre abril de 2015 e março de 2016 foram outros seis! Claudinho caiu no Paulistão, Edinho, Ailton Silva, Sérgio Guedes e Márcio Goiano não resistiram à homicida Série-B. Toninho Cecílio foi a nova vítima e Flávio Araújo é o próximo desafiante. Destes seis treinadores, quatro foram escolhidos por Luiz Oliveira... Guedes chegou ainda na ‘Era Rivaldo’, mas, já com o aval de Oliveira e seus antigos parceiros. Aliás, antes de fechar com Guedes, o Mogi cogitou trazer... Flávio Araújo. Bem no River-PI, o técnico recusou o convite. O treinador ainda foi cogitado em 2012, logo após a saída de Guto Ferreira. À época haviam três favoritos: Lisca (hoje no Ceará), Araújo e Dado Cavalcanti (à época no Luverdense e que escolhido pela diretoria). Araújo foi indicado por Dadi Gonçalves, empresário que possui bom trânsito no Sapo naquele período. O técnico disse em entrevista que contato oficial só aconteceu em 2015.

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